quarta-feira, 17 de abril de 2013

Percevejos

Aceitei o fato de continuar o carinho, no caminho meio torto, sentindo o relevo da estrada. Entre saltos e buracos eu não tive medo, pois o seu sorriso maroto me dava garantia de um percurso satisfatório, mesmo me deixando envergonhado com seu picar de olho moleque, eu continuei com o conforto de um semblante honesto. Meu olhar é distante, meus afagos são próximos, minha alma é duvida.
Quem garante que o que eu sou é o mesmo quem você consegue ver? Só isso explica os motivos de você chamar meu nome em meio a fumaça. Algo em mim deve garantir uma proteção ao teu aspecto normal, pois você não demonstra medo ou receio, é um automatismo fatídico que me deixa tão grande que me pego mastigando minhas interrogações.
De vez em quando é mais saudável aceitar algumas condições, por mais contraditório que seja meu arquétipo. Não temo o não, não temo o sim, medo tenho apenas de mentiras e inverdades, essas que o povose acostuma por ser mais simples.
Perceba que o melhor é se sentir bem, sem pressa, sem custeio, sem asfixiar o karma.
Veja que tudo é tão simples quanto o teorema de Pitágoras, são fórmulas pré aquecidas de uma vida morna, com temperança em não frigidez.
Perceba e veja, pelo menos como eu percebo e vejo, vários percevejos.

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