terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Já é hora

Imagem por HELLO KACZI



Sim, acabamos de chegar em dezembro. Não parece, mas novembro correu como uma tempestade. Parece que esse ano durou três ou mais. Não sei ao certo como você sentiu o ano passar, eu senti uma parte bem boa, o restante eu subtraí, e agora eu revejo como um momento de retrospectiva. Até o NaNoWriMo eu não vi acontecer. Pensei uma, duas, e seis vezes, porém a fadiga empatava todo o potencial deste ano. Claro, fiz outras coisas, me mostrei como nunca. 
A exposição na internet foi real. Completei seis meses de apresentações ao vivo enquanto jogo no computador. Estudei um pouco aqui e até fiz uns exercícios, peguei uns certificados, atualizei o Lattes pelo menos uma vez por mês. Sabe, este ano foi um ano realmente inesquecível. Perdi uns familiares para Covid-19, perdi amigos para egoísmos perspicazes, ganhei parceiros de trabalho e problemas familiares que você já conhece.
Dezembro é um mês que o povo fica abestalhado, espero que as coisas se ajeitem e todo mundo acabe, de umas vez por todas, com a farsa da máscara no queixo. Dia primeiro de dezembro, pensar em tudo dá um turvo no cérebro, daqui a pouco é tempo de renovar as esperanças em mais um ano que talvez melhore, talvez não.
As eleições consagraram a fé da humanidade em potenciais de mudança políticas, tudo desandou fortemente na hora do vamos-ver, a alegria ficou naquele desencanto que já estávamos acostumados por tanto tempo. Não acredito que farei segredos ou desejos para o ano que vem. Se o fizer, te direi todos.
Meus queridos colegas de trabalho conversam muito sobre as coisas, às vezes até arrisco uma felicidade em estar com os anônimos e atônitos. Casando cada vez mais com o cibernético, o binário e o infinito universo de possibilidades e informações.

Apenas o céu

Foto por @sanamaru O amargo remédio se espreme goela abaixo, a saliva seca e o gosto de rancor perdura por horas. Em vez de fazer dormir ele...