segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Pensamento Suicida nº 54332



 Absurdo achar que tudo está bem só porque trago-lhe um sorriso estampado no rosto. Leviano os que acham que a tristeza não povoa os corações apaixonados, ao contrário, este lugar meio cheio e meio vazio é palco para difusões de muito conflito. Não preciso dizer que sou austero consigo, todos sabem quanto diferente é meu ser pessoal. Quem sabe seja esse o problema, ser diferente demais.
 Enquanto alguns brincam com minha loucura interessante que se expressa em palavras e imaginação de momentos, outros acham que isso é um forte indíssio de que não se vale a pena o convívio, o que se demonstra indiferente ao intelecto torna-se ávido em físico olhar de poucos amigos, para comigo.
 Reclamo de todo punho em mérito de outrem, não obstando qualquer significado ou logarítico contraproducente proprietário de um quadro qualquer de índole perversa de um surreal pensamento quase que voluntário. Vomitar informações confusas não melhora em nada os passos de intocado conhecimento ou tipo de expertise que vos trago diligente cotidiano.

 Gostaria parar de pensar.
 Pausa.
 Apagão.
 Transe.
 Vazio.
 Vazio.
 Puro Vazio.
 Nada.

 Cada conjutura oferecida em avanço do desconhecido e entranhado mundo amoroso, pego-me em quimera entre medos e anceios funestos. Esse é o problema, nada é perfecto. O enigma de totalidade ou em sua proporção final é justo o convexo temperamento da voz do poema. Mestria que só o calabouço de ideias poderia conferir em desprendimento de agonia sentimental. Arranhando garganta em desespero, secando a boca em temor do amanhã. Não seria justo continuar com isso, acabará bem se tiver boas memórias... Bons momentos e maus momentos, sei lá.
 Inquietado comportamento terei por um tempo, tempo contínuo, de fantasmagórica presença que assolará sempre meus pensamentos e terei um pouco de certeza ao ouvir a resposta se me amas... perguntada religiosamente todos os dias... expresso ou impresso.
 Futurístico pensamento hoje é pretérico imperfeito, não consegui me enganar por tentar ser certo, simples e não menos importante encobrir as imperfeições. Será melhor fechar os olhos e desaparecer.


Adeus.

Sensação


  Repousei meus pensamentos em ti e tudo aconteceu.

O castanhar dos teus olhos me contagiava em alegria, entorpecido fiquei em demasia admirando teu senso. Teu rosto iluminava bem estar e estando bem fiquei. As luzes monocromáticas do sol lutavam por permanecer dentro do quarto que abrigava meu delírio, escorria cores e simbolos de todos os cantos, era infinitamente psicodélico e juvenil. Todos os sentidos eram latentes e auspiciosos, tudo era pura sensação.

 O macio dos lençóis arranhavam as cavidades dos quirodáctilos que desenhavam carinho em uma colcha que borrava em pinheiros cor de mostada. Os alpes creciam a cada badalar do coração que te observava em silêncio. O teu cheiro era incenso que transendia dos poros, impregnava minha roupa e tomava meu desejo. Tua respiração era tão complacente com os ouvidos dignos da tua voz, alguardando respostas claras de perguntas infundadas em mente. Não tinha pressa em correr ao degustar de tuas papilas que sempre me esperava por amilase de prazer, em um jogo de vinte e nove músculos de intenso agir físico aguardando o inesperado momento.

 Tua voz me trazia de volta à realidade, mesmo querendo ficar, suplicando por mais alguns momentos ineterruptos de prazer de imaginação própria. Queria ficar mais um pouco tendo você em plenitude e perfeição no meu universo particular, ainda que você me questione o que se passa no meu refúgio intelectual, sempre farei sinal de negação enquanto não tiver palavras para explicar o quanto é bom te ver assim... te ter de verdade... nem que seja por nanosegundos de transe pessoal.

domingo, 27 de novembro de 2011

Vento


Questiono os gestos mais simples,
Escrever este texto,
tentar dizer aquilo que foge às palavras e que, no entanto,
Precisa delas para existir com a forma de palavras.
Mas eu questiono,
Pergunto-me,
Será que são necessárias as palavras?
Eu sei que entendes o que não sei dizer.
Repito: eu sei que entendes o que não sei dizer.
Essa certeza é feita de vento.
Eu e tu somos esse vento.
Não apenas um pedaço do vento dentro do vento,
Somos o vento todo.
Escuta,
Ouve.
Amor.
Amor.

Coração em 5 Estágios


Em algum lugar do espaço adjunto da realidade, perambulando sem destino, percorre as teorias do coração. Pensei outrora em abandonar o romanticídio de fato, deparei com uma nova e espetacular problemática, a proposta e o interesse de cunho classificatório. Titubiando reflexõs íntimas, encontrei alguns passos ou estágios de controle ao tocante convívio ou relacionamentos. Dentre alguns aspéctos gerais e específicos, trago-vos alguns sentidos e explanações destacáveis.

1- A Atração


 Atração, tesão, vontade, desejo... tantos adjetivos derivando da corrupção mental luxuriosa de satisfação da carne. O primeiro estágio.
 Na fase inicial não se demonstra nada mais que o puro desejo de posse. Sendo o dolo a motivação principal, não há, assim, possibilidade de agir por puro instinto como desculpa unilateral ou bipartidária de qualquer ato voluntário e característico de descotnrole deste nível classificatório.
 TER é o verbo que se opera maciçamente. Não se avalia a evolução do afeto, a atração pode se tornar mais ávida e com o passar do tempo, tende-se ao desprendimento da própria vontade de possuir e extende-se ao inesperado cuidado ou vontade de cultivar.

2- Paixão


 Quando se fala em paixão, nos vem ao pensamento fortes imagens de carinho, companherismo, sexo... ou seja, todos os adjetivos de outrora.
 Paixão é o resumo do amor em ápice notório, com atitutes selvagens e às vezes grosseira que invade o hospedeiro e, em um curto período de tempo, o faz querer estar sempre junto. Ascende mais ainda o desejo, porém a visionariedade é incluída nesta fase. É a vontade do ontem com o querer de todos os dias. Alguns sintomas são notórios, a cegueira continuada pode trazer traços de surdes sobre os defeitos do apaixonante. Alguns amigos e parentes podem querer curá-lo, entretanto o vírus da paixão é possuidor de características multifacetadas que se arraigam em psicológico envoltório de bem-estar.
 Não há evidências concretas do período de duração da paixão, o que pode variar de caso para caso, porém a intensidade é sempre mais avassaladora. Não há controle de pausa, apenas de avanço. O que pode acorrer também a doação unilateral onde se pode sacrificar em benefício alheio e comensal. Cuidado!
CUIDAR é o verbo que reluta em obdecer o abstrato universo do coração. Fazendo muitas vezes sofrer após esses momentos de passionidade.

3- Gostar


 A aceitação é presente e diferente de todos os estágios anteriores, no Gostar você já conhece um pouco o seu par e com isso a insistencia em mudanças complica toda a situação. Período onde o vai-e-volta acontece, é briga, chateação, comparação, discussão e muitos outros "ãos". Vão surgir para que se adequem um ao outro ou mudem de par. Período de complexo sistema de interesses entre razão e emoção, não mais presente a cegueira, mas sim a inércia ou comodidade que impera em alguns casos podem afetar o desenpenho do relacionamento. Por a prova tudo o que sonhas e colocar na mesa todas as cartas de habilidades boas e ruins. Alguns utilizam deste momento para averiguar os Ex's em potencial perigosidade, pois como tudo pode ser rígido e maleável ao mesmo tempo, garantir que no campo paste apenas um cavalo é de bom grado.
 A insegurança bate forte nessa temporada e com todo o cuidado é necessário saber lidar com as diferenças de tipos e tamanhos de situações ruins, complicadas ou humilhantes. Além do que, nunca se sabe o que pode surgir em momentos de crise ou de pseudo bem estar.
 COMPREENSÃO é a palavra de ordem, pois só investe aquele que quer ter sempre, cuidar sempre e amar sempre. Nivelando todos os precedentes problemáticos se resolve um ou outro empecilho.


[construção]

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Estrada da Noite


 A cada entoada do vento que explodia em gotículas de sal, a cada iluminação alternada que cobria e descbria o cubículo de metal. Naquela noite eu sabia que tivera um sinal.
 Os segundos transcorriam em pensamentos bobos e continuando a observar os enúmeros reflexos de transposição do infinito, contei angularmente os traços longos e alvos da pista que seguia ritmada. Não sabia se era seguro refletir sobre qualquer sentimento naquele momento. Definitivamente não fora seguro, pois dei de cara com o explendor lunar que nos encarava em palidez. O silêncio se fez presente e logo ficara ensurdecedor.
 Mergulhei em segundos no introspecto  inseguro de avaliação e estatísticas e, como tal, choquei me com a versassidade de sentimentos e reações que recebera logo antes. Minha mente se foi aos passos largos em busca do quebrante mar que ousava por esbranquecer em espumas as areias fofas da praia ao meu lado.
 Tentei fugir de você, mas você me prendeu. Não me deixou sair, fiquei e chorei por dentro.

 A felicidade me consumia novamente e ao querer transbordar em petálas oculares de puro sal, segurei o sentimento com toda força. O arrepio quebrou o silêncio catedrático, o silêncio fora invadido pelo cantarolar sublime da poesia que tu escutas agora, tal música me tomou a força toda atenção, o teu toque que percorreu minha face em movimentos característicos de doçura, fez pular de felicidade aquela lágrima que tentara forçar sua saída pelo simples pensamento.
 Após seu sinal físicode conforto, passei a divagar em mérito próprio. Mérito este que já não havia razão. Tudo era um flashback do ontem. A confiança depositada em si veio logo em seguida, ao conhecer e acompanhar todos os sentimentos que nos eram declarados aos ouvidos. O sorriso tomou conta ao ouvir a declaração infinita, uma poesia repetida 30 mil vezes.

 Mesmo estando com o escudo protetor, mesmo estando indiferente e quieto em comportamento. Me doei em braços e abraços por sentir confiança em ti, em mim, em nós. Senti-me amado por mais uma vez e entre afagos e carinho, conversamos. Confortavelmente chegamos so propósito comum.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

LoveList

 Para os românticos de plantão que me abusam e me retrucam. Estes anônimos que roubam minha playlist de momentos perfeitos. Segue uma listinha de LoveSongs para embalar um bela noite de amor. Eu disse AMOR e não sexo selvagem. Obrigado! Olhe as letras, ritmo, tudo... É um misto de coisas boas e memórias que se passam em um dia pra lá de especial. Pode ser uma primeira vez, um aniversário de namoro, casamento, apenas um momento de aconchego. Não precisa fazer amor para ter tido o amor, o carinho que percorrer a pele e aproveita todo o ar de romanticidade entorpece qualquer um, transformando o momento em retrato vivo de magia e amor.

1. Paramore - The Only Exception
2. Pitty - Equalize
3. Sade - Soldier of Love
4. Colbie Cailat - I Do
5. Vanessa Hudgens - Say OK
6. Lady Antebellum - I Need You Now
7. James Blunt - Carry You Home
8. Corinne Bailey - Like a Star
9. Chimarruts - Versos Simples
10. Hanson - Save Me
11. India.Arie - Brown Skin
12. Christopher Cross - When You Come Home
13. Barbra Streisand - Smoke Gets in Your Eyes
14. The Temptations - A Song For You
15. Dido - Thank You
16. Marvin Gaye - Sexual Healing
17. Bill Withers - I Want to Spend The Night
18. David Matthews Band - Let You Down
19. Vanessa da Mata - Amado
20. Snow Patrol - Chasing Cars

O Inesperado





Rolei a cabeça para te encontrar.
Estavas aí, vestida de perfume brando e sincero,
Onde a loucura se encontra com a razão.
Não te vi no passado. Passava e não parava.
Estavas ausente no meu olhar.
Aconteceu o inesperado!
Consigo olhar nos teus olhos e me perder.
Não sei o que queres ao baralhar-me.
Contigo me perco, agora, onde nunca me encontrei.
Quem és? O que fazes?
De ti pouco sei, mas gosto.
Sou masoquista ao te desejar,
Pois nunca o quis.
Nem a ti, nem a este momento.
Vou ficar a assistir a esta ocasião,
Que de certa nada tem senão a certeza que gosto.
O imprevisto aconteceu...
Já nada me pasma a voz secreta do coração.

Perfect Day #5


 Ainda era cedo quando ele olhou o céu. Nenhuma nuvem a tribular, riscos lisos de giz em um pano de infinito azul. O sol tomara força de um verão qualquer e tudo, ao seu intenso calor, suava em resposta. Em uma sombra digna de descanso, em baixo de um quiosque artesanal, encontrava-se em espera. Havia travado um luta contra seus valores e anseios, mas naquele dia de sol ele preferiu arriscar. 
 O dia acordara com uma perspectiva pré-construída, e esta foi escorrendo em contra-tempos típicos do dia-a-dia. Em um toboágua de ações e reações, a cada curva inclinada via-solo, a atenção e vontade crescia. Este percurso acabou em determinação. Não havia alí presente o meticuloso árbitro das constituintes variações preponderosas e angustiantes em demasia, viu-se transformar em um determinado e obstinado camuflador de hipóteses perfeccionistas e decidindo arriscar na sorte, tomou o rumo ao encontro inesperado de uma amizade particular.
 Nada havia dado mais certo do que o conforto súbito e estranhamente convidativo da única casa verde-limão que conhecera. O click psicótico de que estava tudo tranquilamente bem despertou em si uma questão no qual havia por se esquecer. "Qual o propósito do significado?" Pensou ele.
 As horas rasgaram o dia como nunca e, em um piscar de olhos (e risadas meio encabuladas, matérias televisivas, vistas a redes sociais e outros fatos significantes) o carinho tomou conta do recinto. Foi muito surreal e tão natural que parecia que tudo aquilo já havia acontecido por muitas vezes antes. As brincadeiras íntimas, as tiradas de sarcasmo, o toque que fazia arrepiar sutilmente, tudo aquilo aconteceu de forma única. Foi o risco aceito pelo destino traiçoeiro. Destino pela primeira vez, neste ano, sorriu em retorno.
 E após almoço aprovado pelo chef local, e outros encontros esperados, risos compartilhados e estradas em construção, voltei para o lar. Tendo que esperar por desafetos para compensar o dia agradabilíssimo que tivera, deparei com situação adversa as minhas expectativas.  A noite continuara tranquila e esperando resultados bons das provas de outrem, aceitando participar de uma festinha amigo-secreto, aguardei a hora passar. 
 Por sorte, ou ironia, recebi a visita de pessoas que gosto muito aqui em casa. E embora não quisesse fazer conflitos naquele dia, ouvi esclarecidamente todo o discurso e concordei absolutamente com tudo que ouvira. Bolo comido, discursos corridos, hora de ir pra casa. E em outra direção eu fui. Fui para nunca mais voltar. Lancei a sorte novamente naquela noite e por incrível que pareça, por ligações ignoradas e mensagens deletadas, tudo aconteceu em fluíção enérgica.
 Entre o olhares indiscretos de questionamentos e curiosidades, a mesa se enchia de alegria. Presentes começaram a se trocar, entre risos e fotos, comentários hilários e vergonha alheia, percorremos o menu variado de bebidas presentes naquele bar. Mesmo tendo uma disputa acirrada de músicas boas e ruins, entre os lados da rua, o bar foi se desfazendo em presença, restando poucas opções de prolongamento da noite. Noite esta que eu esperava ficar em casa depois das 00:00.
 Dançando e se hidratando, passos variados, comentários malucos e cantadas pouco originais. A noite se foi em música, logo já eram 4 da matina. Superveniente foi minha pausa, e mesmo entre dancinhas sensuais e goladas em gelo puro, me conectei com o mundo que dormia, mundo este que eu abraçava em pensamento.
 Os comentários gerais e específicos, de fato os mais humilhantes não poderão ser contados. Contudo eu compartilho alguns dos traços marcantes do dia fabulous que eu tive... Um dia memorável... Um dia guardado na mente como dia perfeito.
 De fato, um dos dias mais feliz da minha vida.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Isto é Drama!?

 
 Após noites em claro, decidi recuperar o tempo perdido. Coloquei uma playlist antiga para tocar, busquei por papéis e um caneta confortável e chorei. Chorei aquilo que engulira por um ano inteiro, todas as lágrimas correram superfície a fora sem esforço algum. Marcado de sal estava os borrões de uma estória que se formara de um pensamento trágico: "Se eu morresse agora, quantas pessoas iriam ao meu enterro?"
 Não disse que era uma coisa racional, porém todo escritor tem seus bons e maus momentos. Ainda espero pelos bons, e sempre utilizo os maus de inspiração para as criações das crônicas e ensaios. Este é o meu primeiro texto de cunho dramático, todos os outros são ficção de fantasia ou horror.
 Ao escrever qualquer coisa sempre imagino os personagens como atores e suas personalidades como os dos amigos que eu convivo. O real e o místico é fácil de se correlacionar em linhas horizontais, por isso eu temo por não conseguir transdormar am inha ideia em convicção de drama ou uma novela.

 Sinopse:

Larissa Cavalcante está muito contente com seu casamanto, planejado às vesperas de seu aniversário de namoro com Sandro de Oliveira. As famílias se preparam para a festa mais aguardada do ano, os amigos íntimos planejam as festas típicas de pré-casamento e os amigos do trabalho preparam surpresas para o casal mais apaixonado da Corporação Felix Texeira. O casamento será em alguns dias e nada pode sair errado.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Novo Mundo


O ser vivo tem a capacidade sublime de adaptação, podendo mudar de forma, cor, sentidos e tantos outros aspectos que o faça continuar sobrevivendo independente ao meio amistoso ou hostil onde vive. Mutação. O ser é mutável de corpo e mente.
 Alguns humanos, que são mutantes, podem, em determinados casos, apresentar um radical refúgio mais secreto do que um Sala Precisa. E para conseguir chegar nesse universo fantástico e paralelo, basta querer.
 Pode ser dificultoso, pois alguns humanos comuns têm a glândula imaginária atrofiada. Todavia, ela é como um músculo, que se exercitado com frequência se expande e enrijece.
 Há quem diga que tudo isso não passa de besteira, mas para quem já se aventurou pela mente de um Mutante Sonhador sabe, ou melhor, entende como é impagável um passeio por uma mente brilhantemente ingênua e traiçoeira.


 "Fecha os olhos quando eu for mostrar o meu mundo pra você que está sempre aqui..."

 Em uma dessas escapadas da realidade mórbida que as pessoas chamam de vida, me encontrei recuperando fôlego ao ajudar um pedinte a se levantar. Era noite e ameaçava chover, o cheiro do perfume francês de minha pele se confundiu com o odor típico dos andarilhos da orla. Ao vê-lo cair, me prontifiquei em ajudá-lo e isso o fez pedir mil desculpas, essas ao qual eu retribuir com vários "O senhor está bem?"... Percebi que o tinha deixado constrangido e que ele se surpreendeu por minha compaixão. Ele ao ir embora, agradeceu e me deixou intrigado com uma frase nunca ouvida antes por este jovem que vos escreve. "O prepotente já não tinha mais nada a aprender, até conhecer a Simplicidade." Era óbvio que não estávamos falando sobre nós, mas ele fez uma crítica ao mundo monocromático de valores e status. A noite passara em conflito inimaginável e a chuva desabara em Maceió.

 Se entregar ao desconhecido pode ser medonho, concordo, mas do que seria as grandes embarcações sem as aventuranças por águas misteriosas?
 Ser lógico é acreditar no real, perceber o provável e fazer o impossível. Aproveita-se detalhes, sensações e dizeres. Construindo assim mais um pilar do mundo imaginário do Eu interior.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Shark Night 3D (Terror na Água 3D)


 Nunca vi um filme de Animais Mortíferos tão ruim na minha vida! Vai ser ruim assim na puta-que-o-pariu!

Vamos para o resumo do filme:

Um fim de semana na casa do lago se transforma em pesadelo para sete jovens turistas, quando eles começam a sofrer ataques de uma terrível criatura. Ao chegarem de barco à casa de sua família às margens do lago Louisiana, Sara (Sara Paxton) e seus amigos logo vestem seus trajes de banho para um fim de semana de diversão sob o sol. Mas, quando o jogador de futebol americano Malik (Sinqua Walls) sai cambaleando da água salgada do lago com o braço arrancado, o humor do grupo subitamente desaparece.

Então, a Disney caga lindo aqui. Me desculpe a expressão, mas não há como dizer que esse filme não é uma cagada... e em 3d!

Não tem nudez? Não tem sexo? Não tem pedaços humanos voando? Não tem sangria?
Mas o que diabos tem esse filme?

Resposta rápida: Corpos bonitinhos e muita água.

Quero dizer, corpos malhados, porém não pelados, tampouco semi nús. O que eu diria que o Trash está caindo em decadencia. Fora isso os animatrons Tubarísticos são fiéis, dão um jogo bem bolado de "olha o tubarão!"... "olha o tubarão lá de novo!"... "Ah, come logo essa vadia!". Vendo por esse logo, até os Tutubas deixarão a desejar. Mas também, são 46 tubarões de espécies diferentes, em um lago gigantesco do tamanho do Brasil, e um lago salgado, onde uma garota tem uma casa no meio do nada, sem comunicação com o mundo. Tudo muito natural.

Nada de 3D, sem sangue jorrando, sem pânico, sem terror.

Nota: 1

Trespass (Reféns)


 Trespass - Verbo: Trespassar; Atravessar; Violar; Transgredir.

 Embora não tivesse conexão lógica a priori, Reféns foi título bem colocado ao longa que mostra exatamente isso.

 Vamos as notas gerais que se lê por aí:

Kyle (Nicolas Cage) e Sarah (Nicole Kidman) vivem em uma elegante e segura casa com todos os confortos modernos. Sua única filha, Avery (Liana Liberato) é uma adolescente linda mas ainda muito rebelde. Tudo está bem até o momento em que a casa é invadida por criminosos e a família é feita refém. Agora todos os segredos da família deverão ser revelados na luta contra os invasores.

Ok, até aí tudo bem. Mais um filme massante com reviravoltas estilo filmes de suspense quesito sequestro. Antes fosse.O desenrolar do filme é todo em jogos psicológicos, flashbacks da vida de cada personagem, intrigas e risadas dos aspectos singulares dos personagens.

Apenas dois erros vistos de primeira: O celular que o bandido usa pra ligar para Sarah é o celular do Kyle, mas o bandido pisou nele e em nenhum momento se abaixou para pegá-lo. (Pelo menos eu não notei nada neste sentido). Outro ponto foi o Porshe não ter air-bag, e logo após a batida a Avery sai como se nada tivesse acontecido.

 O grande trunfo do filme não é ver os bandidos matarem os moradores, não é ver os moradores reagindo de formas diversas contra cada um dos bandidos. O grande-super-master-giga-boga-Trunfo é a história do bandido que é interpretado pelo Cam Gigandet.
 A atuação plástica de Nicolas e Nicole são um tabu. Uma hora eles convencem e em outras a gente vê os mesmos personagens e sonoridades de sempre. De qualquer modo, o conjunto de ações e reações são ponderantes, tornando válido todas as cenas e impressões nelas depositadas.

Ah, e pra quem não lembra do Cam em filmes tipo Crepúsculo e Burlesque, aí vai uma fotinha dele:


Em nota, avalio com um 7,5.


Delirium



 Ainda repaginando valores passados e digerindo novos comentários, passarei a insinuar mais sobre os aspectos bicolores da minha mente. De forma não tão sutuosa quanto outrora, mas um tanto quanto positivo e objetivando uma transparência maior.

 Não adianta dizer que vai ser diferente se se tratar de inabitado mundo complexo e difuso da mente humana. Da minha mente tranversal. Se tudo fosse números, minha mente seria uma derivação dos números complexos e abstratos. Se fosse cor, seria uma vômito psicodélico em uma tela multiforme.

 O bom é que quando está tudo bem, está tudo bem. Problema é quando não estou bem, onde tudo afunda. A monocrônico universo paralelo da indifereça e antissocialismo desaba em cinza e vapor.

 Aos demais, tenham apenas um ponto de restauração, pois o agente modificador continua operante. Enquanto o surto psicótico não se esvai em alegria e contento. Quem dera a inspiração não fosse normal em vez de transcender de um caos paralelo ao comum.

Psicose Adorável


 Para aqueles que esperam uma crítica bem acentuada para o seriado de humor da Natália Klein, pode ficar com o cavalinho bem amarrado. Embora eu me veja em muitas situações psicóticas como a própria Natália, psicótica assumida (vale salientar), nada do que trago hoje aqui vem de muito bom proveito. Creio que aqui terá mais um desabafo ou crítica não estudada sobre um coisa que me intriga até hoje, eu mesmo.

Tudo começou em um dia qualquer, com um assunto qualquer, em um lugar qualquer, entretanto tudo desabou. Entre brincadeiras com chamamentos e títulos de "maluco", "maluquinho", "doidinho" e outros do mesmo nível, nada se comparou a avaliação técnica de um profissional da área de psicanálise com décadas de experiência.
 Não, não. O problema não foi só a análise, ou melhor, a psicanálise... Quem dera fosse isso. Tudo cuminou na explicação do meu comportamento perante atitudes mundanas, no qual eu me daria bem por ser psicótico. Que eu sou psicótico isso eu sei, tenho laudos clínicos provando isso e não é de hoje, mas... MAS... mas, sabe quando a brincadeira de umas semanas atrás de te chamarem de "maluquinho"? A brincadeira deixou de ser brincadeira e passou a ser bullying, ou agressão psicossomática.

 Quando o real invadiu a esfera dos prazeres infantis, a brincadeira sôou com ar de deboxe, sátira e jocozidade. (Seja lá qual o sentido dessa ultima palavra)

 Pra quem não sabe, Psicose é como vemos no amigo Wikipédia:

Um quadro psicopatológico clássico, reconhecido pela psiquiatria, pela psicologia clínica e pela psicanálise como um estado psíquico no qual se verifica certa "perda de contato com a realidade". Nos períodos de crises mais intensas podem ocorrer (variando de caso a caso) alucinações ou delírios, desorganização psíquica que inclua pensamento desorganizado e/ou paranóide, acentuada inquietude psicomotora, sensações de angústia intensa e opressão, e insônia severa. Tal é frequentemente acompanhado por uma falta de "crítica" ou de "insight" que se traduz numa incapacidade de reconhecer o carácter estranho ou bizarro do comportamento. Desta forma surgem também, nos momentos de crise, dificuldades de interacção social e em cumprir normalmente as actividades de vida diária.


 Saber que as pessoas te olham diferente por você ter um leve aparato psicológico não é tão legal quando elas te apontam o dedo. E o que mais me dói é justamente esse dedo, que eu vejo você apontando para mim só porque eu sou demais e você de menos. Obrigado avalidor por me deixar bem triste, por saber que existem pessoas que pensam como eu e isso é ruim, pois elas podem ser pessoas piores do que elas já se sentem quando estão em crise.

 Todos nós somos um pouco psicóticos, o que difere é o grau do Delirium ou melhor dizendo, o que difere é saber se você é um excêntrico egoísta ou um egocêntrico ditador de parâmetros multifacetados de lados hipotéticos em demasiada perplexão irracional da lógica comum. Dando causa, ou procurando a mesma:

Uma grande variedade de estressores do sistema nervoso, tanto orgânicos como funcionais, podem causar uma reação de sintomatologia, semelhante, porém não igual, a estrutura psicótica. Muitos indivíduos têm experiências fora do comum ou mesmo relacionadas com uma distorção da realidade em alguma altura da sua vida sem necessariamente sofrerem grandes consequências para a sua vida. Como tal, alguns autores afirmam que não se pode separar a psicose da consciência normal, mas deve-se encará-la como fazendo parte de um continuum de consciência.


P.S.: "Aquele negócio" no qual eu escrevo se chama BLOG e tem mais de 5.000 acessos!

Gosto Tipo Agridoce


 Primeiramente é necessário deixar claro que sou contra a pirataria como forma de mercado, contudo sou muito a favor como forma de divulgação e indicação. Neste ultimo sentido, trago-lhe este album que se mostrou muito perspicaz, em sua obra, que já demonstrou sutileza e envergadura para ganhar espaço e ouvidos de nossa gente.

 Nada mais do que um projeto meio folk, meio mpb, meio choro-ouvindo-cada-música... Aconselho quem tem lembraças e fortes sentimentos que ouça com atenção a cada passagem, pois este album é um prato cheio de nostalgia e surpresas. Pitty e Martin dão uma aula de como é sentir ao ouvir.

 Como diz a própria Pitty: "Brincávamos chamando de 'fofolk': folk fofo. Mas nem sempre. Melodias suaves aos ouvidos, mas letras nem sempre leves ao coração."

 Tudo em um ritmo calma e voraz, como uma ferrari suas emoções vão de 0 à 200km em alguns segundos. Não é ruim, observando que pode ser devastador. As canções se desenvolvem bem e como uma forte emoção, ou mesmo um beijo apaixonado, o album acaba e deixa um gosto meio azedo de dores do coração e um gosto meio doce de lembranças boas. Um verdadeiro Agridoce.

 Segue abaixo a lista das músicas:

01 Embrace The Devil
02 Dançando
03 Say
04 Romeu
05 20 Passos
06 Ne Parle Pas
07 Upside Down
08 Epílogos
09 Rainy
10 130 Anos
11 O Porbo
12 Please, Please, Please, Let Me Get What I Want

Enquanto estamos no aguardo do cd chegar aqui nas lojas, baixa ele:
Toma um banho, coloca uma roupa confortável, ou quem sabe nenhuma, apaga as luzes, coloca o som pra tocar baixinho, mas o suficente alto para acompanhar as letras, fecha os olhos e ouve... viaje nos pensamentos e depois me conta como foi.

Apenas o céu

Foto por @sanamaru O amargo remédio se espreme goela abaixo, a saliva seca e o gosto de rancor perdura por horas. Em vez de fazer dormir ele...