Repousei meus pensamentos em ti e tudo aconteceu.
O castanhar dos teus olhos me contagiava em alegria, entorpecido fiquei em demasia admirando teu senso. Teu rosto iluminava bem estar e estando bem fiquei. As luzes monocromáticas do sol lutavam por permanecer dentro do quarto que abrigava meu delírio, escorria cores e simbolos de todos os cantos, era infinitamente psicodélico e juvenil. Todos os sentidos eram latentes e auspiciosos, tudo era pura sensação.
O macio dos lençóis arranhavam as cavidades dos quirodáctilos que desenhavam carinho em uma colcha que borrava em pinheiros cor de mostada. Os alpes creciam a cada badalar do coração que te observava em silêncio. O teu cheiro era incenso que transendia dos poros, impregnava minha roupa e tomava meu desejo. Tua respiração era tão complacente com os ouvidos dignos da tua voz, alguardando respostas claras de perguntas infundadas em mente. Não tinha pressa em correr ao degustar de tuas papilas que sempre me esperava por amilase de prazer, em um jogo de vinte e nove músculos de intenso agir físico aguardando o inesperado momento.
Tua voz me trazia de volta à realidade, mesmo querendo ficar, suplicando por mais alguns momentos ineterruptos de prazer de imaginação própria. Queria ficar mais um pouco tendo você em plenitude e perfeição no meu universo particular, ainda que você me questione o que se passa no meu refúgio intelectual, sempre farei sinal de negação enquanto não tiver palavras para explicar o quanto é bom te ver assim... te ter de verdade... nem que seja por nanosegundos de transe pessoal.
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