quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Estrada da Noite


 A cada entoada do vento que explodia em gotículas de sal, a cada iluminação alternada que cobria e descbria o cubículo de metal. Naquela noite eu sabia que tivera um sinal.
 Os segundos transcorriam em pensamentos bobos e continuando a observar os enúmeros reflexos de transposição do infinito, contei angularmente os traços longos e alvos da pista que seguia ritmada. Não sabia se era seguro refletir sobre qualquer sentimento naquele momento. Definitivamente não fora seguro, pois dei de cara com o explendor lunar que nos encarava em palidez. O silêncio se fez presente e logo ficara ensurdecedor.
 Mergulhei em segundos no introspecto  inseguro de avaliação e estatísticas e, como tal, choquei me com a versassidade de sentimentos e reações que recebera logo antes. Minha mente se foi aos passos largos em busca do quebrante mar que ousava por esbranquecer em espumas as areias fofas da praia ao meu lado.
 Tentei fugir de você, mas você me prendeu. Não me deixou sair, fiquei e chorei por dentro.

 A felicidade me consumia novamente e ao querer transbordar em petálas oculares de puro sal, segurei o sentimento com toda força. O arrepio quebrou o silêncio catedrático, o silêncio fora invadido pelo cantarolar sublime da poesia que tu escutas agora, tal música me tomou a força toda atenção, o teu toque que percorreu minha face em movimentos característicos de doçura, fez pular de felicidade aquela lágrima que tentara forçar sua saída pelo simples pensamento.
 Após seu sinal físicode conforto, passei a divagar em mérito próprio. Mérito este que já não havia razão. Tudo era um flashback do ontem. A confiança depositada em si veio logo em seguida, ao conhecer e acompanhar todos os sentimentos que nos eram declarados aos ouvidos. O sorriso tomou conta ao ouvir a declaração infinita, uma poesia repetida 30 mil vezes.

 Mesmo estando com o escudo protetor, mesmo estando indiferente e quieto em comportamento. Me doei em braços e abraços por sentir confiança em ti, em mim, em nós. Senti-me amado por mais uma vez e entre afagos e carinho, conversamos. Confortavelmente chegamos so propósito comum.

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