Henrique nasceu entre a realeza, primogênito de sangue-puro nunca se preocupou com nada. Sua vida era a melhor possível, desde criança, sem obrigações e controle, quando já moço feito nada mudara, ele estava sempre em meio de festas e garotas. Os mimos de seus pais o cobria de soberba e antipatia perante os mais humildes, mas um dia, o robusto e sedutor príncipe escolheu brincar com os sentimentos da moça errada, e após quebrar seu coração após prometer todas as terras, mares e estrelas, Henrique arrancou-lhe o que a moça tinha de mais precioso, roubou-lhe o amor.
Aos pedaços o coração da moça ficou e após vários dias recolhida em seu sofrimento, enquanto o príncipe continuava a flertar com outras moças, como sempre vivera, uma senhora, vendo o sofrimento da jovem fora conversar com o príncipe. O belo moço não deu atenção alguma para a senhora e ainda riu de seu aspecto mendigado e sua feição não agradável, porém o que Henrique não percebeu era que aquela velha senhora era sim realmente uma bruxa como ele havia rido.
A bruxa que não tinha nada a temer e muito furiosa com as atitudes egoístas do príncipe amaldiçoou o rapaz. Henrique fora alvejado em peito certeiro e mesmo sem acontecer nada ele ficou apavorado, correu para o castelo em busca de segurança, mas prometera se vingar. A bruxa que não agiu de total maldade evaporou-se no ar, como uma sublime lufada de vento ao empoeirado chão.
Ao cair da noite, quando o príncipe Henrique fora banhar-se percebeu algo estranho consigo. Sua pele estava pegajosamente colorida, uma aspecto meio grotesco e esverdeado. Ele começou a desesperar-se mas de nada adiantou, gritou por seus pais e enquanto corria em busca de socorro, a transformação continuava. Alguns serviçais da família real correram para conferir o que se passava com o insuportável príncipe, mas ao chegar próximo aos aposentos do rapaz, ele não viram nada fora do comum. Tampouco no quarto dele, na casa de banho... tudo estava perfeitamente aliando e no padrão. As roupas da alteza estavam penduradas ao pé da banheira, já preparada para um banho, mas ele não fazia presente.
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