Mergulhei fundo em mim depois de descobrir que a verdade era fundamentalmente minha ordem. Desilusões esperadas estavam ali, mesmo sem conseguir viver ao lado teu, meu melhor adorno é um sorriso, mas hoje sozinho eu não conheço mais a dor. Desculpa te dar o privilégio da indiferença, minha amada de outrora, você precisa tomar uma dose de realidade, mas não seja brusca, tome com muito gelo, pois a porrada na consciência vai ser grande. Uma dose de realidade causa um efeito semelhante a ter o crânio esmagado por uma fatia de limão envolvida em uma barra de ouro de bom tamanho.
Se um dia pensares em olhar para mim, lembre-te de que sou louco. Isso mesmo, de teorias diversas do mundo comum, de valores ultrapassados e de esteriótipo difuso em questões relevantes aos de autorias imaginárias. Tenha muito medo de mim, pois eu vivo sem precisar mais provar o quanto sou o melhor de todos, ao mesmo que não me importo em mostrar sempre que não sou o já pior do mundo. Um mergulho profundo em si, afogado em questionamentos que não eram meus, e de todos os lados perfaziam líquido abstrato de ilusão e confusão mental.
O problema de quando você mergulha em si é que você sabe a imensidão onde se aprofundara, ao mesmo que imagina saber o caminho para tocar o solo subaquático. Tenha dó, quem não se conhece não merece o afago nem de Deus, nem do Diabo. Criatura que desconhece o potencial, os pensamentos, e que assim torna-se mutável de meio externo ou pensamentos desvairados. Quem nada contra si, mesmo em corrente favorável, sabe o que é capaz de fazer, pensar e sentir, por mais longínquo que seja a probabilidade do acontecimento, mas a capacidade "variável" é fixa, permanente, imutável.
E quando chegares ao solo, quando sentir o impacto em si, quando sentires o peito queimar em espetacular providencia divina, quando você acordar, ore. A oração guiará teu espírito, a mente conduzirá aos teus objetivos e o teu coração rogará por misericórdia. A mente ignorará pequenos problemas, o coração já não pulsará em favor do desespero, mas será silente ao encontrar possível abrigo, e o espírito demasiado forte continuará perseverante, pois a trindade do corpo é o solo imerso nos pensamentos mais loucos e absurdos nos quais circulam nossa alma dia-a-dia. Onde nossa projeção íntima fica vagando aos nados em busca de algo, nem que sejam espinhentos corais de "amor", vislumbram os olhos em cardumes de objetivos pequenos tão quanto sardinhas, ou mesmo o desespero de uma ilusão arrebatadora que nos tira o fôlego fazendo nos afogar em nossas próprias lágrimas esmeris.
O impacto maior que tive ao ler o texo de Kristiano é que ele escreve muito...nem sabia o quanto! Tive a ideia de estar falando com meu eu insano e confuso, caindo em direção a mim mesma. Ele nos faz refletir o que é "ir fundo" numa relação, valorizando os sentimentos de cada lado, mas se vendo preencher o todo. Mergulhei com ele, voltei e respirei fundo. Amei!
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