Não adianta comover multidões com algo que não vem de tua autoria. É desonesto, é covarde, é plágio. Então, de certo vamos nos apegar ao talento nato de cada qual, ou pelo menos algo que te faça parar de copiar outras pessoas.
Eu, escritor emergente de si, atento as palavras e estudioso do universo externo, dou-te uma dica: faça aquilo que gosta. Muitas vezes é nisto que você desenvolverá melhor teu potencial, seja profissional, amador e/ou artístico.
No meu caso, pequeno por sinal, gosto de contar histórias. Às vezes histórias não tão espetaculares, ou que façam sentido natural, histórias e estórias. De acordo com a Teoria do Significado, a palavra deve representar o absoluto sentido a ser captado pelo ouvinte, leitor ou visualizador. Eu me pergunto sempre se eu conto estórias ou histórias, já que uma é verídica e comprovada cientificamente e outra é mero devaneio.
Se se crio um universo perfeito, tal como Tolkien, eu conto uma história ou estória? Qual o universo de comparação já que todos os personagens, lugares, animais e coisas são concretos naquele mundo? A construção daquele mundo é incrível, bem como Nárnia e tantos outros universos paralelos. Para mim são todos eventos verídicos, pois há fundamentação sobre tudo, leis do universo, psicologia, humanização e climas. Todo leitor é um historiador, ele vive junto ao protagonista, aventura-se, ri, chora, sente raiva e pena. Em nossa mente é real, tudo aquilo é real nem que seja por segundos de leitura, às vezes até mais.
Pouco me importa se é verídico ou não, contanto que adicione algo à minha vida, um ensinamento, um conhecimento, um passatempo.
Sou um contador de histórias, cada uma mais vívida que a outra, e todas concretas na imaginação. Pode até não fazer sentido, tal como: se só existiam Adão e Eva, por que o jardim era do Éden?
Nada como ter um local onde deixar o seu pensamento, sua marca, seu grito, seu silêncio. Cansei de carregar agendas, cadernos, rascunhos, prefiro hoje o Blog. Deixando aqui meu ultimo suspiro de cada dia.
quarta-feira, 20 de março de 2013
Sabido
Medo
segunda-feira, 18 de março de 2013
I'm late
-Estou atrasado!
Foi assim que acordei. No peito a euforia de ter corrido quilômetros atrás de um repugnante ser, nas pernas a câimbra, nos olhos a visão do real. Os lençóis ao chão como eu esperava, usei-os para subir do buraco que cai outrora, eu suava sem parar.
Espalhei olhos tentando assimilar o que tinha sido aquilo, será que foi verdade? Será apenas um sonho louco? Será que foi uma alucinação acordada? As dúvidas voaram sobre minha cabeça dando razantes pitorescos.
Levantei temendo cair novamente. Pisei com calma no chão frio, seria real ou fingimento? As palmas dos pés fixaram, suspendi o corpo como se fosse saltar, equilibrei-me e apanhei os lençóis. Fui acalmando o corpo e a mente aos poucos, caminhei até o fim da cama apanhando tudo. Arrumei-a e fui pegar meu celular.
Era hora do sol nascer, a madrugada começara a perder força e os primeiros raios do sol ameaçavam as trevas. Não acreditei no estalo que minhas mãos deram, fiquei estático. Meu celular descansava sobre um livro, mas não fora isso que me tremeu as pernas.
-Siga o coelho branco. Sussurrou uma voz aninhada.
No quarto uma turva forma ia-se, não entendi o que era aquilo ou quem. Cocei os olhos em descrença, voltei ao celular. Apitou. Era um email. Tomei-o e vi o conhecido livro, F.U. Coelho, esse era o autor de um dos melhores assuntos que já estudei, no e-mail promocional tinha um título interessante "Não se atrase", deixei o celular do mesmo jeito e fui higienizar-me.
Ao ligar a TV para que eu pudesse ir tomar banho ao som do noticiário, não me tentei a esperar alguma coisa, mas ouvi a matéria aos cortes do banho. Empresários lucram 150% a mais nesta páscoa, mercado crescente precisa de funcionários qualificados, cursos de aperfeiçoamentos potencializam currículo... Não teve nada naquele bloco que deixasse minhas orelhas quietas. E ainda de toalha fui verificar o telejornal, molhado estava, curioso fiquei.
Esta foi a manhã de hoje, depois de um insano sonho onde eu conversava minhas teorias mais ocultas enquanto tomava chá. Não sou de esperar sentido, vivo no impossível, e sendo assim, não posso me atrasar.
sábado, 16 de março de 2013
Te Juro!
Sol Com Baixo Em Sol
sexta-feira, 15 de março de 2013
Sou Viciado.
Desculpa se eu não tenho esse aspecto saudável que você vê em todo mundo. É que eu sou um viciado. Isso mesmo, sou viciado. Mas calma, eu sou um tipo de doente, desses tantos curáveis se quiser tratamento. Eh, eu tenho que querer me tratar... mas por agora eu não quero, a qualquer hora eu paro com meu vício. Te juro! Paro agora se quiser... apenas não quero.
quinta-feira, 14 de março de 2013
Vá Dizer!
Cansei de uma vida agregada, de ser nomeclaturado por correspondências erradas, como se precisasse vestir a carapuça de mau. Não trago pedras nas mãos, tenho-nas listras lisas, caleijadas pela amargura, desânimo de trabalhar costurando felicidades em corpos membranosos de pseudos amores. Eu até poderia acreditar, pensar demais, pra no final dar nisso, um repeteco do "feliztreco" num instropescto confuso de si projetado ao primeiro que passou.
Passei.
Não desonre meu nome, você bem o sabe o quanto sofro por não ser aquilo que dizem quem sou. Parece fácil acatar uma figuração de si, deve ser fácil pra caramba para os atores de plantão. Para mim, tormento. Fácil para mim é sorrir do nada, dar bom dia quando acordar, pois eu sinto quando você lê aquela mensagem insana, de frase solta, ou apenas ressequidas palavras, quando você lê, eu leio com o corpo um pensamento bom. Vivo de bons fluidos, da luz, do vento, do teu desejo de sorrir.
Atravesso a rua triste e devagar. Não vejo os outros do lado de lá da rua, formas randômicas de materialismo habitual, para mim eles são "os outros", do mesmo que eu sou para eles. Na mente uma vontade de abraçar, abraçar qualquer pessoa, homem, mulher, criança, pessoa.
Tenho tanta raiva de ouvir histórias tuas sobre mim que no fim me pego vendo o quanto perco em estar sozinho, mesmo sabendo que é opcional, porém a mente deturpa a realidade. Acanho em ver a vaidade em mim, destroço auto-estima por simples desdém, é aparência, é caráter, sou eu ou seria você?
Aceito a condição de mendigar atenção, mas isso é segredo. E se ousar contar eu direi que é mentira.
quarta-feira, 13 de março de 2013
Tired
E começo a tomar as rédeas da minha vida, finalmente as tenho em mãos. Agradeço pelo período de decantação própria, mas agora que os sólidos problemas se foram ou estão já caracterizados, agora é hora de partir. Indo para o próximo tanque, o das misturas e tribulações próprias.
Neste tanque, tudo está em movimento. Os planos de agora, os de amanhã, as pessoas ao redor, os personagens do passado e os vindouros, as ambientações catalizadoras de ações e tantos outros modeladores. Aqui é a prática proposital, não há uma possibilidade descartada. É a primavera no fim, tempos de narcisos, e como tal muitas transformações.
Não espero que ninguém entenda minhas palavras, pois estas são como uma música. Hoje você pode canta-lá por um mero acaso, mas amanhã você pode interpretar como se fosse um grito do teu sentimento.
Cansei de ser tão maltratado por você, pisado, cuspido, arranhado, chutado, afogado em prantos próprios de propriedade difusa.
Escrever é um crime que cometo por ainda ser permitido. Antes a vida e morte de um sonhador que atacar vazios alheios. Uma opinião aqui é buscada por você, não houve obrigação, joguete em rede social ou exposição pública. Aqui é meu quarto secreto, a sala precisa, arcabouço de um homem só. Por isso as músicas tranquilas que fazem parar e respirar, fazem pensar na vida, lembra alguém, ou só relaxa. Se fosse algo para agitar antes de usar, não seria eu. Meu mundo, onde tudo tem um motivo subliminar.
Vai ver seja por isso que evito o entendem demasia, para não ser almofariz de mentes pequenas, de espaços vazios além do meu.
Cansei de tanta coisa que deixa inerte as possibilidades, agora mexerei um pouco, talvez entre em autocombustão.
Vou cometer harakiri, e o show ainda nem chegou na metade.
Score
E a cada novo encontro, novas avaliações. O clínico olhar estuda com veemência e conjectura tudo a um padrão funcional, classificatório. As ações são calculadamente efetivas, os diálogos sobrepostos em direção específica, ora derrubando barreiras de timidez, ora desbravando o subconsciente. Assim o dia transcorre, em um jogo voraz e por fim advêm a pontuação sobre tudo, o resultado final. A tabela é preenchida com pontos em escala de zero a dez. Divididos em três grandes áreas, físicos, sociais e mentais.
Cada atributo subdivide-se em características específicas. Sempre em uma escala variando de zero a dez. Quanto mais próximo do zero, ou propriamente dito, menos hábil e do mesmo acontece no reverso. No mínimo três pontos de total paralelo, no máximo trinta em cada qual, mas nunca noventa. A perfeição não existe, isso é fato, porém há de se completar as faltas com as sobras.
Das habilidades periciais faz-se necessário mais que um mero conversar. A não ser que o tempo sinta inveja e acelere a partida, os conhecimentos serão emanados pouco a pouco, de um comentário, em uma ação, por outrem do passado... As habilidades perícias casuais como cozinhar, dirigir e falar são tão importantes quanto ser furtivo, líder ou apenas mexer em um computador.
São mais pontos que valoram o indivíduo. Seguindo rapidamente para as qualidades e defeitos. A pontuação aqui é um pouco subjetiva pois se agregadas aos supracitados pontos, um defeito torna-se qualidade ou o contrário. É imprescindível obter anotações paralelas para um melhor enquadramento desse específico. Qualidades e defeitos tornam alguém único, ele nunca aprenderá a ser impetuoso em um curso do Senac, mas poderá falar quatro idiomas. Uma coisa é característica arraigada de sua herança genética, traumas, empírico desenvolver, místicos estalos cerebrais, outra é algo que com treino correto você somará ao teu intelecto ou físico.
As observações comportamentais podem gerar positivos ou negativos, sim podem, entretanto não são dignos de estrelas. Um bônus apenas.
A cada novo candidato aos postos desocupados em minha vida, há um certo tipo de formulário, um completar de lista, uma avaliação teórica e outra prática, caso este consiga um resultado satisfatório, ganhará um período probatório para a devida efetivação, caso tenha um ótimo funcionamento.
Talvez eu seja do tipo exigente demais, ou talvez seja problemas de capacitação dos interessados, talvez o mundo mude e tudo seja como você acha que tenha que ser. Enquanto o mundo não muda, continuarei com meus métodos de socialização pessoal, que demonstra eficácia total (diga-se de passagem). Quase um vestibular, ou as provas dos NOM's.
Vale lembrar que uma questão errada anula uma correta.
segunda-feira, 11 de março de 2013
So High
quinta-feira, 7 de março de 2013
Emergentes
segunda-feira, 4 de março de 2013
Uvas Verdes
Não quero aceitar o fato que você se foi, não mesmo. Tenho a sensação que você ainda vive, em algum lugar. Que um dia vai voltar, me fazer sorrir, pedir por comida, roubar minhas frutas. Não quero ver que tudo está em memória, que não vou ter mais tua companhia, na verdade não sei dizer adeus. Esse é meu problema, mesmo sabendo que um dia tudo se vai, vai pra o tempo passado. Pretérito quase perfeito, não tão perfeito por conta dos porquês. Respiro fundo e uma vez ou outra me pego desentranhando as sementes da tua comida favorita, você lembra que brigávamos como crianças húngaras? Pois é. É disso que eu tenho falta. Tenho falta de tudo que tinha você. Um dia quem sabe lembrarei de tudo sorrindo, um dia quem sabe você retorne, um dia quem sabe não chame o teu nome nos momentos difíceis, um dia quem sabe um dia?
sexta-feira, 1 de março de 2013
Tarja Preta
Claro, isso em tempos de crise. São contra alergias, contra asma, contra ansiedade, contra tudo e todos. De básico só os mais fortes, aqueles que tentam me fazer dormir, mesmo eu não querendo, são aqueles que me fazem não delirar, mesmo sendo este meu único refúgio para continuar vivo, são aqueles que me fazem respirar melhor, mesmo eu querendo perder o fôlego de vez em quando. E assim vai a vida, numa tentativa de controle ao instável, malévolo e apático senso de direção. Algo como uma revolta aceitável, uma elipse congruente.
Encapsulado bom humor, sorrisos, aceitação do mundo terrível.
Muito embora nunca tivesse precisado de tanto para tão pouco, mas assim perecerei por quase noventa dias. Sem poder tomar decisões, participar de grandes movimentos, temendo perder o remoto controle. Acredito que essa fase seja tão boa quanto todas as outras, aquelas as quais me preocupo em nunca esquecer, mesmo tendo a memória fotograficamente corrompida.
Sente Man, tal?
Encontro poucos que acreditam no concreto em vez de tentar viver o mundo utópico da geração Wi-fi, vai ver seja por isso que riem de mim pelo meu gosto de receber e enviar cartas, do culto ao belo natural, de saborear os raios de sol e o pálido luar.
Passei a vida em silêncio, mendigando palavras, concordando sempre que possível o meu sacrifício, até para ser humilhado, pois quem mais iria lograr triunfo apresentando a mim como namorado ou amigo? Isso sem rotular algo que não sou, sem vender o produto pela suposta embalagem.
Não tenho vergonha de ser o que sou, quem sou, fazer coisas... e isso não é menosprezar outrem, apenas me conheço e me aceito, tanto que sempre que eu vejo potencial sentimento surgindo eu tento demonstrar o real. Aquilo que eles não conseguem ver ou apenas optam por deixar para lá, porém quando as coisas começam a ficar sérias, quando eu deixo de apenas aceitar e passo a importar, aí não tem como não se magoar, por mínimo que seja, há o apreço até por uma vaia tua.
E depois que eu permitir que você entre no meu mundo, que eu mostre todos os universos, se depois disso você não me amar eu vou morrer. Vou comer as paredes que hoje sangram junto a mim, catedráticas, opacas e frias. Meu medo disso acontecer não permite que eu lembre de rostos, vozes, de peculiaridades. Se você não me ama do jeito que sou, dos meus loucos pensamentos e ações, me sentirei esmagado por um céu que desaba em chuva, será um tiro ao olho nu de borrões. Quero ser de verdade, sem algoritmos imaginários de perfeição, sem a busca de modelos virtuais, aceito você assim, de verdade. Se você não me amar, eu entenderei. Na verdade surpreso fico ao ver o tempo que você desperdiça comigo, pois sabe que só sairá da minha boca se arrancar minha língua.
Será que os mortos conhecem alguma cura para o amor?
Para alguém me querer basta olhar, mas para me amar... Tem que ser alguém muito extraordinário.
Se você não me amar...
Se você...
Apenas o céu
Foto por @sanamaru O amargo remédio se espreme goela abaixo, a saliva seca e o gosto de rancor perdura por horas. Em vez de fazer dormir ele...

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Foto por @sanamaru O amargo remédio se espreme goela abaixo, a saliva seca e o gosto de rancor perdura por horas. Em vez de fazer dormir ele...
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Aceitando o convite para um jantar com amigos, me dirigi então para o restaurante. As vielas eram tristes, cinzas em quase todo lad...