O tédio consome toda a minha vontade de ser alguém. Não propriamente ser, mas o querer ser, o correr atrás dos objetivos, o criar futuro. Inerte estou. Do que seria a vida sem o contínuo e cíclico dia-a-dia? Isso muito me abala.
Sei agora o mau que faz ficar na mesma posição em vitae, enraizado nos mesmos ideais acabamos por fincar no solo do incontentamento o mesmo dissabor que é uma frustração, pois pior do que ter uma tentativa em fracasso é apenas olhar a oportunidade passar, e isso é o que mais sabemos fazer. Não que seja de todo ruim, mas por muito devemos arriscar, desentranhar a ultima vontade de viver e lançá-la com toda força, mesmo sendo a ultima chance de sobreviver por mais um pouco.
Faz tanta falta a motivação diária ao levantar, o criar metas para os dias conseguintes, o marcar calendário a espera de algo bom. Hoje, sinto a terra girar com toda a sua força, mas estou parado. Olho os céus só para saber que o dia está passando, tal como as nuvens que caminham ao abismo do horizonte, marcham sistematicamente fazendo-me acreditar que estamos indo para algum lugar, ou melhor, elas estão indo e lembrando-me que estou aqui. Parado. Olhando o mundo girar.
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