quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Cobalto

Sou teimoso de dar dó! Você bem o sabe, então por que confia em minhas palavras?
Não sei onde isso vai dar, mas estou indo em passos naturais. Esperando apenas a sincera e resmungante conversa ao luar. Nada de muito especial, além de tudo que possamos passar, sem expectativas, sem floreios, sem nada além de bom senso e consideração.
Eu queria ter um sentimento maior do que o coleguismo, mas não tenho. Não posso ter algo que não é meu, embora eu vá olhar-te com ternura. Em algum lugar sombrio reside meu temperamento amável, combalido e desgrenhado pelo tempo, balbuciando resmungos e maldições.
Eu sempre darei bom dia, sempre perguntarei como foi o teu dia, o que teremos pro fim de semana, sempre terei interesse em tua vida. Eu não prometo cuidar, mas estarei por perto quando plausível, quando eu estiver bem consigo, quando eu puder te olhar sem me questionar onde estou.
Eu não sei falar de amor. Sei falar do que sinto, se fosse pra falar com esmero de algo que desconheço eu seria leviano, seria relator de saudades. Mas não peço amor, nem duvido que ela seja utópico, só acredito que o verdadeiro e perecível acontece em anos tipo bissextos. Dessas épocas quer criamos coragem em vinte segundos, que entregamos margaridas em uma sexta-feira, que tiramos fotos no trânsito da avenida do Futuro... Momentos do cotidiano que são únicos por serem ao lado teu. Dias de cores que o teu olhar sabe apontar.

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