E foram todas a cenas que eu vi naquele dia que me deram forças para continuar. Das memórias tidas como insignificantes, foram as mesmas que significaram naquele instante.
O sorriso de desenho animado, uma camisa flanela desengonçada, um café expresso em meio de tanta escuridão, um movimento de felicidade, ondas com os braços, cócegas aleatórias, dizeres de carinho, apelidos sarcásticos, um movimento de felicidade, uma foto imaginária em um cenário cotidiano, uma passagem arriscada no trânsito caótico, uma música e sua paródia, um movimento de felicidade, um abraço caloroso, um sopro de menta, um afago metódico, um movimento de felicidade. Um desafio de força, um banhar de um canino, um lanche para 4 ou mais pessoas, um movimento de felicidade.
As tempestades passam, assim como o infernal dia de verão. O tempo é imprevisível, mas sabemos como lidar com todas as suas mudanças, seria assim comigo? Será que é possível manter o padrão de reações para o randomismo que se apresenta em mim em rotineiras situações? Bem, não sei afirmar nada. Entretanto, hoje, acordei com o sentimento de paixão.
Levantei entre cinzas nuvens de Janeiro me dizendo "Vamos te molhar!", sorri para elas em troca "Vamos lá então!". Aproveite o dia que tens, cinza ou coloridamente ensolarado, frio ou quente, o dia é para ser vivido. Agarre-se aos momentos bons, estes que te dão razão para continuar o labor diário, estes que te fazem sorrir ao ouvir uma canção no rádio, estes que te fazem parar para ver uma foto no porta-retrato no canto da sala.
E mesmo sem saber de onde vem essa força interminável que conduz minhas perspectiva para algo par, agradeço a Deus por estra proeza quase que impossível. Ter como compartilhar as simples coisas da vida, seja ela o Luar ou uma concha ao espumante chão de areia. Todas as memórias que me perturbam hoje, são apenas memórias boas, de coisas poucas, que me fazem sorrir sem motivo algum. E por mais que o vazio permaneça vivo, não está tão grande como outrora.
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