...E, por mais que ele não quisesse, ele recuou, relutou e se defendeu de tudo e de todos. Ele morreu ali no canto e só voltou a viver depois que todos foram a se perder.
Não queria ser rude, mas em momentos como esse, de enfadonha tristeza subcutânea, sou a pessoa mais cruel de todas. Creio que depois do abismo não resta mais nada a não ser apodrecer. E com esse intuito, tudo o que me toca torna-se volátil, não há uma esperança que não se possa corromper, não há uma felicidade que não se possa entristecer, não há uma máscara que não possa cair.
De fato, a verdade e rispidez costuma ser tida como grosseria, mas quando são lançadas diversas vezes em ritmo acelerado, todas as bondades são esfaqueadas pelo bel-prazer de denigrir o bom senso. Peço desculpas pelo meu comportamento vil, mas sou assim. Somos assim uma hora ou outra, em momento de ausência de fé.
Posso controlar essas situações, mas por enquanto é inevitável. Contudo tive que cumprir uma promessa, que fizera há muito tempo atrás, mas fizera e cumpri. Tentando ser a pessoa mais simpática possível, puxando a sensatez das entranhas e o bom senso do receptáculo quebradiço que possuía doses de incoerência, ainda assim meu sentindo hostil ameaça sempre aparecer.
Uma hora e outra ele dava suas mordiscadas na realidade, puxando sempre para sangue. Esquivando-me sempre do ser objeto em questão, soube de muitas coisas que não fizeram o menor sentido, não eram meu círculo de amizade, não eram pessoas conhecidas tidas como próximas ou interessantes para uma conversa casual. De primeira tive contanto com pouca coisa para montar um perfil líquido de Gosto/Não-Gosto, no demais foram apenas palavras.
Pior que sempre tem aquele momento que tudo roda ao seu redor, e como não poderia deixar, apenas rodei junto. Comentei tudo em plena sinceridade não me importando de como chegará em outros ouvidos, mas quando foi que eu liguei? Com pitadas de indiferença comentei meu futuro próximo e de algumas coisas outras, sei que isso não vai gerar boa coisa em breve.
Em resumo, não foi uma noite muito agradável. Não sei se pelo falta de bom senso próprio, talvez por ter ido como obrigação de uma promessa, poderia ser também pelo sentimento calculado de que tinham que fazer me sentir melhor... Não sei. Criar hipóteses não ajudará em nada. Outra coisa que também não adiantará é pedir desculpas por trocar meu nome, por mais que eu não ligue pela troca do nome, mas remete a uma situação deveras conturbada, por falsetes esteriotipados e contradições demasiado deprimentes.
As meninas são ótimas companhias, eu que não sou. E sabendo disso, prefiro ficar no escanteio que distribuir grosserias ou lamúrias da minha particular e problemática vida. Quem sabe quando eu me sentir melhor não volte a sair com elas, ou quem sabe com meus amigos. Nada contra a amizade delas, mas não são minhas amizades e a distância de circunscrição é algo que eu prefiro estabelecer para não ouvir o que já ouço, que é de fato desconfortável para todos.
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