quarta-feira, 9 de março de 2011

Subjetividade, me descreveria?

Não é por querer ser subjetivo, dúbio ou duplicamente sentimental. Sou assim, difuso.

Acho que esse é um dos meus maiores problemas, tanto consigo quanto contigo. Será que é por isso que não passo segurança nos sentimentos? Ou será que é por isso que sou tão frio?

Deixei você acreditar que eu era A e B, mas na verdade sou um alfabeto de possibilidades. Somos todos assim, principalmente quem é de verdade. Não há medo em mim, temor social ou apatia familiar. Sou apenas eu mesmo, difícil achar alguém mais transparente que isso.

Sou um livro aberto, de capítulos específicos para cada um. Não adianta tentar me entender se você não percebe que não há o que entender. Tudo é sistemático, não há ninguém que se re-invente todos os dias, tudo é rotina, hábito.

Uma fluição de pensamentos, atitudes e valores é o que rege meu sistema.

Não tente ser diferente do que você é. Você merece alguém que admire seu jeito de ser. Disney sempre nos mostra em seus clássicos que sempre há um par para nosso ser. Seja totalmente parecido, ou totalmente diferente, mas sempre alguém nos completa de alguma forma.
Não corra atrás de ideais mortos, não vou me queimar fumando só um cigarro. Façamos tudo valer a pena, façamos por ambos, por tudo, estou indo embora. Desisti de tentar entender o meu "eu".

Me torturo todos os dias por não ser o mais específico que podia. Queria te jogar num pano de guardar confetes. Colorir tudo com a alegria de um carnaval, quem sabe usando uma camisa de força ou de cetim.

Dar tudo de si em palavras não te fez gastar o teu batom. Já vi que Freud tem que me explicar muita coisa... muita coisa que eu me explicava em frente ao espelho convexo.

Estou oficialmente em Tilt. Logo, me deixa quieto.


"Abro o jogo!
Só não conto os fatos de minha vida:
sou secreta por natureza.
Há verdades que nem a Deus eu
contei. E nem a mim mesma. Sou
um segredo fechado a sete chaves.
Por favor me poupem".

Clarice Lispector

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