sábado, 2 de fevereiro de 2013

Why?


     Sabe aquele momento em que o ego desinflama e você se pergunta, de várias formas, os porquês de tudo? Então, estou nesta fase.
     Em uma conversa casual com alguém especial, eu obtive a seguinte resposta: Namorar é umas da metas para 2013! - Automaticamente eu sorri para ela por simples ingenuidade. 
     Nunca pensei em por na lista uma coisa tão volátil quanto um relacionamento. Principalmente, exigente do jeito que sou, não desmereço a busca do compartilhar momentos, ao contrário, admiro quem usa de perspicácia para a construção da vida conjunta.

     Faz-se mister, a diferença entre querer e precisar. Há casos onde a busca é sumariamente para excluir a solidão, podemos então observar os namoricos de pouca duração (os famosos "de galho-em-galho) ou os místicos (os quais ninguém sabe explicar o motivo daquela relação). Alguns desses namoros dito místicos (sem explicação plausível) advém de duas fontes: A primeira e mais comum é o apego ao mais prático; o combate à solidão vai sendo asperamente executado, mesmo que a relação seja contraditória ou tensa. O segundo, e bem visto popularmente, é o "empurrar com a barriga". É tipicamente carregado de atos reflectivos, possuidores de desdém e frases específicas como "... enquanto não aparece nada melhor..."

     Querer namorar requer o seguimento de protocolos sociais, já que o título é algo a ser respeitado nada melhor que não abusar deste. Abrir as seletivas para o posto de companheiro é algo que pode ser divertido ou penoso. Humano comum: uma parte do ser tem comportamento distrativo, viajado, relaxado, sua mente procura algo que reforço a endorfina socio-emocional; Outro comportamento tem a construção, criatividade e formação como aspectos primários, a mente deste é consolidada, uma primazia de objetividade.
Essas duas partes separadas são respectivamente o infantil e o maduro. Juntas elas formas a personalidade comum. É onde origina-se as brincadeiras irresponsáveis e as grandes decisões. Saber dosar entre uma e outra é o que nos faz driblar ou fincar-se nas coisas boas e ruins.

Visto isso, o temperamento emocional fixa-se, e a vivência em dupla torna-se por demasiado querida.

     Ter alguém que se importa contigo, que te cuida, e até mesmo te irrita é muito bom. Nos sentimos especiais. É como se no meio de tantos bichinhos, estes mais belos e macios, alguém nos escolheu. Apostou a ficha em nós.

Ninguém é obrigado a estar com alguém por mais que o sentimento de escravidão amorosa exista. Ainda assim, temos a opção de enfrentar ou acovardar-se.

     O início de uma relação pode acontecer de duas formas: a primeira é o preenchimento de algumas lacunas que temos como requisitos  Buscamos a similaridade em aspectos econômicos  sociais e personalísticos. (Aceite ou não, mas só o fato de você buscar alguém em um local qualquer, já é similaridade) - Você consegue imaginar a probabilidade de dois roqueiros hardcores estereotipados se conhecerem numa swuigueira? É quase nulo.
Do outro lado temos a supressão desses requisitos, dando oportunidade ao acaso e surpresas. Quando os requisitos não estão estabelecidos, o "conhecer o outro", namorar e tudo mais, é uma descoberta maior. Podendo nos encantar ou desencantar de forma gigantesca.

Na busca de companhia podemos excluir um ou outro requisito da lista  mas isso faz com que as chances de parcerias aumentem, do mesmo que nos faculta o desespero, podendo nos fazer ficar com "qualquer um".

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