sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Se Foi.


 A saudade chega de mansinho, como se fosse se abrigar da chuva. Ela chega e chama toda a atenção para ela, se conforta em pensamentos e alguns sorrisos e lágrimas. Saudade essa que tanto tenho, saudades que me sufoca, saudades que me tiram noites de sono.

 Tenho saudade das nossas brincadeiras, dos nossos dilemas, das nossas aventuras em trilhas entre raízes de árvores gigantescas. Saudades de conversas intermináveis na calçada, jogos de rua e contos de terror. Me trás saudades o cheiro do teu perfume, o cheiro de pipoca, de mar, de alegria.

 Sinto muita falta das conversas entre aulas, dos lanches coletivos, das feiras de cultura, dos jogos internos, dos passeios no shopping, das inaugurações das lojas, de pedalar em bicicleta sem freio ladeira abaixo, de subir no pé de caju, de pula na piscina depois de litros de cidra, de dancinhas malucas nas gaiolas da antiga boate, de rir dos gênios do mau, de assistir desenho sem qualquer malícia.

 Lembro-me dos parques de diversões, dos gritos, choros, vômitos, risadas, brigas, e música. De voltas, rodopios, saltos, quedas e batidas. No circo sempre tinha os terríveis palhaços, animais, mágicos...
 Todo canto que eu vou me lembra alguém.

 Uma música específica que marcou uma saída, uma viagem, uma noite. Quando toca Linkin Park, bate uma saudade dos jogos de snes, tal como quando toca Panamericano e me vem máscaras na memória, o Goku do carnaval e uma frase de efeito, uma promessa qualquer e mundo continuou girando.


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