sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Sei lá.


Eu gosto de você, mas sei lá.
Sei lá porque você sempre vai embora.
Sei lá porque a gente parece que nunca vai dar certo (e sinceramente, talvez nunca dê certo mesmo).
Sei lá porque quando eu chego perto demais você me empurra pra longe.
Sei lá porque às vezes parece que você tem medo de precisar de mim mais do que preciso de você.
Sei lá porque a gente é confusão demais, é briga demais, é gritaria demais.
Sei lá porque você não me passa segurança nenhuma e parece que até o seu vizinho gostoso tem você mais do que eu tenho.
Sei lá porque você não quer me pertencer, quer ser solto, mas quer que eu seja preso a você.
Sei lá porque todas as vezes que eu me declarei pra você, você ficou sem saber o que dizer, não como se estivesse sem palavras ou emocionada, é porque não tinha mesmo o que falar, não tinha nada pra falar pra mim.
Sei lá porque diferente de todo mundo, a gente é melhor separado.
Sei lá porque por mais que sejamos dois apaixonados e coisa e tal, não nascemos pra ficar de nhem nhem nhem eternamente e trocando declarações de amor de tempos em tempos.
Sei lá porque você tem esse teu maldito jeito brusco que afasta todo mundo e parece não ligar pra ninguém.
Sei lá porque às vezes quando a gente conversa eu sinto que sou a última pessoa do mundo que você queria trocar palavras.
Sei lá porque a gente fala demais, afirma demais, mas nunca saímos desse meio caminho que a gente se enfiou sabe-se depois de qual briga.
Sei lá porque não assumimos o que sentimos e de repente parece que nenhum dos dois sente nada.
Sei lá porque você sempre me machuca de um jeito imbecil e nunca percebe porque tem um ego enorme e não admite que comete falhas.
Sei lá porque você é todo complicado, todo cheio de si, todo com manias que eu nunca suportarei, todo você.
Sei lá porque eu gosto de você, eu gosto mesmo de você, e quando eu gosto de alguém que aparentemente também gosta de mim, as coisas tendem a dar errado.
E sei lá porque eu não sei o que vai ser da gente, porque o nosso futuro é tão… sei lá.

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