terça-feira, 18 de setembro de 2012

Chá


     A indiferença é o início da reflexibilidade em satisfação do não desesperar. A cada mexida no meu chá da tarde, é um pensamento que se esvai em congruentes alicerces do que realmente importa. Nada do que eu penso vai mudar as pessoas a minha volta, o ambiente onde vivo, ou o mundo que ostento carregar em ombros, embora o que faça tudo transformar seja uma simples coisa, a atitude.
     No meu religioso chá da tarde pode faltar açúcar, pãezinhos de queijo, uma boa conversa, mas nunca faltará o meu pensamento. Carrego entre diferentes sabores diários, um desejo fundamentado em questionamentos próprios, já que não posso estar todos os dias lançando minhas ideias ao mar, adiciono junto a quente água, todos os meus prazeres e desgostos perante o sublime conteúdo a ser ferventado.
     Um simples gole pode mudar todos os meus questionamentos, mas nunca mudará minha resposta ao universo. Analise tudo com calma, tudo pode esperar se for para fazer o certo. Temos a construção de vida fundada nas horas e, por vezes, metemos os pés pelas mãos só para poder mostrar que fizemos algo na hora certa, entretanto não exista o momento certo, mas sim as atitudes corretas. E por mais errada que seja a hora de agir, se for a atitude certa, ela devastará tudo e criará um ponto de equilíbrio totalmente novo e ninguém julgará a transformação bondosamente cíclica. 
     Já pensou em parar por trinta segundos e apreciar não só um chá, um sorvete, uma música, um comercial de tv, mas já pensou em parar um momento no dia e pensar na vida? Pensar em todas as possibilidades que vivemos? Pensar em tudo e nada ao mesmo tempo? Você já pensou em pensar?
     

     
    

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