sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Alô Eliane?

 

 De tempos em tempos eu me deparo com situações, deveras, intrigantes. Minhas ausência telefônica é tida como um problema, tal como a permanência assídua no mesmo objeto.
 Sempre que possível eu atendo ou retorno as ligações ou sms. Só há estas duas opções em meu rústico aparelho de comunicação da marca ZTE. Ele não tem Bluetooth, wi-fi, suporte Java, Redes Sociais, 3D, Google Maps... Nada disso. Ele apenas liga e manda mensagens, e mesmo assim meu circulo familiar e social  sempre reclamam por eu protelar respostas.

 O problema é que nem sempre eu estou apto a ter longas conversas e/ou falar brevemente a qualquer hora do dia. Principalmente quando estou no trabalho, o que isso torna minha habilidade de comunicação via telefones super complicada, pois se não estou trabalhando, eu estou estudando ou fazer um mundo de coisas.
 O chato é quando estou ao telefone e outras pessoas pedem atenção. Como eu posso falar ao telefone se as pessoas requerem minha presença física e mental? E em outros tempos o quadro se reverte e essas mesmas pessoas reclamam atenção ao telefonema... e por aí vai.
 É um paradoxo tecnológico que procuro resolver ou pelo menos ter a compreensão dos meus queridos. Estes que tomam meu telefone, escondem, desligam, ameaçam quebrar... Em verdade, celular é uma faca de dois gumes (seja lá o que dois gumes signifique).

 Só fico a imaginar quando eu resolver meu problema de logística e comprar um smartinhophone, enchê-lo de apps e ser uma criança mais feliz. Acho que as pessoas vão mandar eu escolher entre "ou o celular ou a gente!", mas até lá, vamos nos desdobrando em vários, para dar atenção à todos.
  

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