sábado, 31 de julho de 2010

Sou só eu ou faz calor aqui?

Ao chegar, finalmente, em Garanhuns nós começamos a nos preparar para sair. Inicialmente saí com minha mochila, e com o casaco posto eu e meu amigo descemos do ônibus, logo de cara não fiquei morrendo de frio, ao contrário do que falam eu não vi diferença daqui de MCZ. Usando a lógica é mais frio sim, mas não é pra ficar com gorro, luvas e etc.. dá pra manter só com um casaco básico, digo isso porque sou hipotérmico e não fiquei com muito frio.
Após um pulo na coveniencia no posto de gasolina em frente de nossa parada, seguimos para a praça/palco principal, onde haveria o show da Pitty. Uma andada básica de minutos e apreciação na cidade nova, me deparei com um fato interessante, as pessoas que seguiam logo ao nosso redor, eram tão familiares quanto estranhas. Parecia que estava num lugar conhecido. Passamos pela segurança e chegamos no palco, não havia pessoas tantas, apenas grupos diversos em lugares digamos estratégicos apreciando o show de uma cantora local. Não fazia meu estilo, aproveitei a garoa para seguir a outra praça/palco, a Pop.
Atravessamos ruas escuras, avenidas desertas e a chuva fina nos acompanhava. Aquela praça sem todas aquelas pessoas e tendas, me lembrava fácil a floresta da Bruxa de Blair, claro que isso foi um comentário íntimo, logo, guardem para si. Botas e cachecóis caíram bem naquele bosque, pois davam cara de inverno e junto as folhas secas ao chão e o vinho que alguns carregavam nas mãos, era aquela visão de festival que eu sempre via quando as pessoas me falavam do FIG.
O local em si era fantástico, pena que as apresentações seguiram com horário inferior ao principal, não sei o motivo, mas me fez perder as apresentações. Quando fomos comprar algo para beber, o show de lá havia terminado e nos fez correr para o principal, pois ia topar de gente. Lembro que eu optei por um caminho reto e diferente do que nós dois viemos, e por incrível que pareça foi um puta atalho, observando bem pra chegar onde estávamos fizemos uma volta desnecessária, mas fazer o quê se ele é que sabia os caminhos não é verdade?
Na volta ao palco guadalajara, por uma viela deveras escura, passou por nós um grupo de jovens que, por sinal, conhecia algum deles. Pensava eu que ia sair de lá ileso de pessoas conhecidas. Isso eu pensei. Ao chegar na praça estava tocando a banda Volver, mas eu não conseguia identificar porque a música era estranha aos meu ouvidos e não conseguia focar o vocalista, ficamos lá curtindo aquela banda. Bebendo e conversando achei que nunca tinha ouvido nenhuma música daquele repertório, até que tocou A SORTE, eu fiquei estático.
Desde que voltamos ao palco principal, estava por vezes sem casaco, e/ou com a camisa aberta, suando litros e litros.(Lembrando que, minha camisa era de botões.)
Acompanhei até o dedilhar do solo naquela música, lembrava de outrora. A melodia me fez cantar o refrão, eu conhecia aquela música, disse para mim mesmo. A letra me deu um tapa na cara e me fez refletir por longos dias. Tudo o que eu vivi em um (incrível) mês era decifrado naquela música.
A música me caiu tão bem, que é meu profile no orkut. Mas continuando, após Volver foi a vez de Beeshop. Não sei ao certo quando foi que encontrei meu conhecido Jadielson, companheiro de pensamentos que constituiu um pedaço do meu passado. Ele junto e sua amiga ficaram conosco até o fim do show da pitty, pois ambos vieram numa "caravana" de Arapiraca. Ficamos num grupo de 4 pessoas curtindo a animação alheia e a garoa.
Com o casaco na cintura e a camisa meio aberta, entre um show e outro cantamos e pulamos de Reggae a Rock, um mistureba que me esquentava cada vez mais. Principalmente pelas músicas que, na maioria das vezes, eu sabia cantar. Ah! e fiquei roco do começo ao fim dessa aventura pois cada timbre meu era pra vibe que rolava alí.


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