Quando a realidade se mistura com a imaginação cria-se o universo surreal. Chamado por psicanalistas de Surto ou metaforicamente de imersão reflexiva. Na verdade você só percebe que era um surto quando você acorda deste. A imaginação flui de uma forma imprevisível e às vezes hostil.
De qualquer modo pode-se controlar isso com terapias, medicações e bloqueios criativos. É necessário dosar tudo o que te leva a ter esses ataques psicóticos, pois em grave escala pode ser danoso a si e à outrem.
No meu caso comum, a imersão acontece de forma sutil. Muitas vezes tenho noção do acontecido por detalhes do tempo, músicas que começo a ouvir na faixa 01 e do nada etá na 16, quando estou assistindo um filme e quando dou por mim está passando outro nada a ver, ou quando é noite e já vejo o dia ameaçando chegar.
Isso tudo acontece de forma que tenho pensamentos dentro de pensamentos. Acontece que quando este é resultado de reações públicas ou em conjunto é perigoso. Me vejo flutuando por aí sem rumo, e observo o meu envolto e me deparo com olhares de surpresa e inquietude.
De uns tempos para cá, mais ou menos um mês, está acontecendo com mais frequência. Não só os estalos criativos, mas também os psicóticos. No ultimo domingo tive contáveis 06 surtos, derivados de situações nada agradáveis. Me pego conversando consigo e as ações continuam, continua a conversa, as piadas, os comes e bebes e POW, escuto alguém me chamando ao longe e quando caio em mim... constrangimento certeiro. Todos olhando para mim com cara de "Esse cara é maluco!"
Nesses tais surtos é que me deparo com pensamentos nada legais, quando me jogam as comparações, erros e acertos. Os fantasmas da alma aparecem para desgrenhar os conólitos.
Todos os meus problemas oblíquos surgem quando eu me calo, logo tenha certeza, o meu maior inimigo sou eu mesmo. O silêncio que perdura em realidade, na verdade são grandes gritos e urros em um universo milesimal. Como no filme do Horton onde existia um universo inteiro dentro de um grão de pólen, só que na minha mente existem safras inteiras, com alguns grão não tão bons e outros não tão ruins.
De cantarolar com móveis e animais até estrangular pessoas em pensamento, os delírios da mente que perdoa, pode ser algo interessante de se estudar, mas não tão interessante de se conviver, a não ser que você queira compartilhar desta loucura.
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