Fria, água fria. A água gelada que cai num dia de chuva. Garoa, dilúvio ou só breves chuviscos, me deixam assim. Quente.
Quente, pois o frio que sinto dentro de mim, é alimentado, é aquecido por esperanças de uma coisa melhor que pode acontecer. Não sei se é por motivo próprio ou só charme, mas adoro o frio. Frio que consome vinho. Frio que consome suor. Amor. Desejo.
Na chuva saí um desses dias, e com toda felicidade do mundo, curti um banho de chuva pela primeira vez. Não tinha música, pessoas ou espaço para curtir comigo. Mas senti o que é uma lavagem de alma.
Ando em baixo do guarda-chuva sempre, e nunca ousei em andar sob a chuva. Medo, talvez. Mas foi uma das sensações mais incríveis da minha vida. Parece bobo, mas depois de 20 anos sem saber que aquilo que eu nunca pude experimentar, era tão simples e tão maravilhoso, me deixou bobo por muito tempo.
Ao choviscar eu já sentia o frio tocar minha pele. Me arrepiava em sentir as gotículas de chuva tocar minha face. O frio tomava conta, assim como a força da chuva aumentava, logo a chuva engrossou e caiu um pé d'água.
Uma música mantem o clima de exata frieza no ar. A música da chuva que caía, meu físico em câmera lenta e meus sentidos a mil.
[Em construção]
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