domingo, 26 de julho de 2015

Tamanho médio para dois.


E eu desejo tanto que ele pare, mas via de regra segue em frente. Pergunta em curioso afeto. Não quero falar muito, alimentar uma propensão marginal ao gostar irracional. Não consigo parar de falar, é um clima estranho. Minhas têmporas exprimem joguetes de coesão, meu coração almeja uma alimentação romântica e meu corpo, ah meu corpo... Este já não resiste, fica estático com furioso movimento de criar. Acontecer de fato tudo aquilo que se constrói em mente, uma facilidade remota de esperançar, igual ao respirar. Tácito e profundo. A fonte com certeza é platônica, como eu poderia resistir? 
Não é todo dia que alguém se interessa por você. Não de forma ao parar e se descalçar. O timbre impacta o vento e sibila em contemplação ao infinito minimalista. Um simples "olá" ecoa como oração. Repetida sacramente pelo singelo mecanismo que o corpo tem em perpetuar a bondade. A resposta não demora, mas é carregada de "me traz um café?". Ninguém gosta de ouvir problemas, mas todo mundo gosta de dividir os causos e causas. E é nessa conversa contextualizada que o formalismo vai se fazendo barreira, o informal é saudade, e a linguística é um mero encontro fatídico de acasos. 
Em breve vamos nos ver, compartilhar, multiplicar e viajar. E sempre perguntará: açúcar ou adoçante? 
Respondo: Agosto.

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