A carta que fechará o ciclo desde momento da vida está sendo revelada. Ela, XIII - A Morte. A morte não significa a morte. A representação é clara e objetiva, é o jogar fora tudo aquilo que te é inútil, é o fim de uma era e o início de outra. Lembre-se, você morre várias vezes durante toda a vida. Há ciclos que são bem expressivos, como a infância, a juventude, o se tornar adulto e o idoso. Quando a gente morre, crescemos de alguma maneira. E deixar para trás todo o apego como algumas pessoas, coisas e lugares é difícil. Mudar é muito difícil, sair da zona de conforto de uma maneira tão significante é como um rito de passagem. Terminar o ensino médio e começar uma faculdade é um ritual tradicional do início da vida adulta. Lembra da raspagem de cabeça ou sobrancelha? A morte acontece ali mesmo. Morre o estudante de ensino médio e começa o universitário, o jovem adulto. Nossa, e quantas cobranças, deveres e obrigações surgem ali, como um caminho sem volta.
A cada dia tudo muda. A morte diária, o desenvolver da vida, do ciclo, do karma. A borboleta só acontece porque morre a lagarta, este ser que só se alimentava é exterminada em sua crisálida, não restando nada além de uma casca de casulo. O ser que ali havia já é um outro totalmente diferente. Só que no humano isso também é diferente, pois a morte não quer dizer que você se transformará em outra pessoa, com novos desejos, novas manias e defeitos, nada disso. Aqui, o término do ciclo é a condição do replantio, tirando o que é inútil. Assim, talvez você não perceba que está mudando, ou que as coisas estão te levando a um outro patamar. Consegui o emprego, e agora é trabalhar. Este trabalhar, numa empresa nova, novos amigos de trabalho, condições de trabalho, tudo isso é o novo ciclo, novo, bem simples. Nova matéria, novo amor, novas andanças.
Sabe, a carta da morte foi a ultima a ser revelada. Ela ficou no topo da tiragem, mostrando em um contexto que tudo aqui será guiado para um modelo que fora protelado por ciclos. Agora é hora de aceitar isso de uma maneira útil, deixando para trás tudo aquilo que não será preciso. Levar na bagagem apenas o necessário, o caráter em primeiro lugar, as conquistas e derrotas, o conhecimento científico, popular e teológico, o bom senso e a boa vibração. Estou levando comigo apenas uma lâmina e uma (des)esperança, desta vez ,cortando a realidade em vez dos pulsos. Saída de emergência.
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