Existem algumas coisas na nossa vida que são inexplicáveis. São eventos únicos e particulares que só cabem na memória. Não falo de sonhos de futuros bobos, de uma viagem ao continente cultural ou um abraço revigorante, nada disso. Falo de fatos que apenas nos acontecem, sabores que nos apetecem. São experiências que nunca, nada nem ninguém irá conseguir reproduzir, nem se quer transmutar em algo repetível e, desse modo, me desculpe Senhor Gatsby, mas não é possível repetir o passado, e, mesmo que pudesse, eu jamais tentaria essa ousadia.
Sabe, senhor, certas coisas só acontecem pra que a gente siga em frente, tentando acreditar que existe algo tão bom quanto o que nos aconteceu. Lembre da linda Daisy e da primeira vez que a viu, lembra qual foi a sensação? E depois de tanto matutar qual o caminho a percorrer, me pego corroendo antigos dissabores. Deve ser por isso que me atento aos pequenos milagres que me ocorreram.
Sabe, senhor, certas coisas só acontecem pra que a gente siga em frente, tentando acreditar que existe algo tão bom quanto o que nos aconteceu. Lembre da linda Daisy e da primeira vez que a viu, lembra qual foi a sensação? E depois de tanto matutar qual o caminho a percorrer, me pego corroendo antigos dissabores. Deve ser por isso que me atento aos pequenos milagres que me ocorreram.
Sinto a brisa salgada, a areia macia, o som do mar convidando ao paquerar da lua. A música que conheci, que me trouxe essa saudade, está comigo, sempre, como um dos favores diários e secretos que só resistem a um. E, desse mesmo modo, tento me agarrar às experiências que tive com tanto bom proveito. Talvez seja hora de me entregar de novo ao mundo, ao conhecimento, ao acaso, ao destino de apenas ser aquilo que sempre fui criado para ser. E, no abrir de olhos, contemplando a imensidão refletora que me sorri, me permito te dizer. Eu acredito na luz verde. Eu tenho que.
Alegria, vida, fim.
Alegria, vida, fim.
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