Capturar um momento único, por um acaso ou distração, salvar a imagem na mente para todo sempre e, assim que possível, revelar em palavras a imagem guardada em tela mental com tanto carinho. Não trata-se de um acaso insignificante, assim como o olhar nas estrelas do escuro céu, cintilantes e polvilhadas no espaço, não necessitam da grande lua para serem vistas, basta dar uma pausa na vida e apenas observar.
O acaso ou a distração nos remete aos eventos mais estranhos do mundo, bons ou ruins, eles acontecem por simples fato de acontecer. Por isso não se pode dizer que fora planejado, arquitetado com esmero, motivo que consequência um espanto, um sorriso (mesmo que sem graça) e um breve susto. Dizem por aí que apenas nos apaixonamos quando nos distraímos, seria inverdade se a paixão não fosse randômica, essa aleatoriedade é o que titubeia os pensamentos, divaga nossas teorias e nos faz buscar ainda mais essa curiosa e fatídica situação.
Desde a topada ao chão até mesmo encontrar dinheiro na rua, a perspectiva de sorte ou azar não deriva do acaso, mas pela condição do fato proposto. Quem valora as situações somos nós mesmos e deve ser por isso que quando algo dá certo depois de algo ruim, citamos os antigos dizendo apenas "Não há um mal que não venha para um bem", isso é conversa para quem não quer se remeter a falha ou azar que acontecera, pois se algo está bom e acaba seguem logo dizendo "Tudo que é bom dura pouco".
Com tantas coisas que as pessoas vão citando, prefiro apenas dizer que é na distração que tudo pode acontecer, afinal vivemos em um mundo de possibilidades e a minha perspectiva de acaso/distração possuem apenas bons argumentos e melhores visões. Aconteça o momento repentino que for, nunca estarei preparado, mas uma lição de tudo e um sorriso no rosto... ah, isso eu sempre posso dar ao mundo.
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