A busca utópica da felicidade regra a existência da humanidade. Sempre buscamos o melhor para nós, um melhor conforto, um melhor sentimento, um melhor carinho, mas sempre uma melhora e podemos encontrar, por várias vezes, essa forma volátil de felicidade em pequenos momentos de nossa vida. O que não garante o bem estar súbito do nosso espírito, fazendo nosso eu ir em busca de mais felicidade.
Acredito que felicidade seja uma situação, não algo que seja concreto e eterno, muito pelo contrário, esta tal felicidade que é buscada por tantos é finita e simples, sem brilhantes ao redor, tampouco perpétuo efeito. O que faz-se necessário sempre ir atrás de algo que supra esse vazio que apresenta multifacetado dentro de nós sem qualquer vergonha de se mostrar presente. Cabendo apenas a nós próprios a efetivação desse autocompletar, o que me faz sentir um custo grande para tal recipiente carnal de angústia e medo.
Dizem que um amor pode adentrar esse vazio e completar o espaço que dentro de nós habita, espero que isso seja verdade, pois assim teremos uma possibilidade boa de se sentir completo e amado ao mesmo tempo. Não garantindo que seja essa a proporcionalidade do meio externo para o nosso íntimo, mas vale a aposta. O vazio existente há de ser contemplado por algo grandioso, peculiar, amável e enaltecedor.
Mesmo que esse sentimento deixe de existir, o vazio ficará completo por algum tempo, até as desesperanças e mágoas corroerem todos os sonhos que ali se fez domicílio. E logo partiremos para outra coisa que nos fuja o pensamento desse oco espaço dentro de nós, talvez uma compulsão, uma fobia, uma paixão, uma frigidez.
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