Dei uma pausa na minha vida logo quando cheguei do mundo já pronto para as outras atividades, olhei em volta e não aguentei, deixei cair tudo ao chão, encostei-me na parede e respirei fundo. O corredor principal nunca me acolhera como hoje, olhei para mim e pensei no que eu estava me tornando, algo bom, ou algo ruim? A resposta brotava do chão com toda a certeza de um caminho bem tomado, a opção certa da encruzilhada de outrora, as setas abriam mais opções de vida moderada, olhei para o alto.
O respirar ficou brando, senti a respiração entrar pelas narinas, percorrer faringe, traqueia e pulmões. Como foi bom tirar o peso da vida naquele momento. Escorreguei as pernas ao relaxar, espalmei as mão à parede e foi ali durante 30 segundos que se fez paz em minha vida. A mente descompassou, esvaziou-se em leitoso teto advindo da transfiguração da ultima capturação óptica. O espaço apertado de idas e vindas se exatamente proporcional a minha necessidade.
Foram os trinta segundos mais longos que eu tive de todo o ano, foi o suficiente para me dar energias e vontade de continuar caminhando para frente. Bem pudera ter outros momentos assim de compaixão própria, da auto análise, de parar um mundo e descer por um tempo. Retomei o olhar para a parede à minha frente, era hora de seguir adiante. Tomei as coisas em mãos e partir para o continuo dia de no qual trinta horas é pouco para satisfazer as minhas necessidades de estudo e trabalho.
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