As palavras são tão vulgares quando comparadas às pessoas que as falam.
Depois que inventaram o Me Desculpe, magoar ficou muito mais fácil. Não obrigado a aceitar suas "sinceras" desculpas, mas aceito o ato meia-boca que você fez. Acredito que mágoa é algo a se pensar se o perdão é realmente necessário, tão quanto o ódio ou o amor, machucar alguém é tido como uma coisa que você tem que aceitar e depois sorrir.
Quem foi que disse que eu não posso guardar mágoa, rancor, ou sei lá o quê das pessoas que não tem nem aí para oque fazem ou dizem? É muito fácil falar o que quer no subterfúgio de uma raiva, alegria, tristeza ou outra emoção avassaladora, e logo após pedir desculpas. Se tem noção do que realmente se passa acredito que isso não é tão simples para se falar como se fosse um bom dia, claro isso se você não tiver síndrome de atenção ou for egocentrista, onde tudo o que todo mundo faz reflete diretamente em você, e com isso, obviamente você é o coitado da história.
Seja um pisão no pé alheio, uma briguinha em família, ou uma boma contra uma pessoa amada... tudo deve passar pela reflexão de por quê, como e onde se dará essas sinceras desculpas.
Só sabe o peso do perdão, quem um dia precisou deste.
A credibilidade das palavras também vem da expressão corporal depositada nelas. Um simples não com o olhar pode fazer gritar em desespero. Assim como palavras ao telefone podem ser facilmente ignoradas por uma pessoa ocupada. Se as pessoas realmente pensassem antes de falar qualquer coisa, 50% das conversas seriam polpadas, brigas nunca seriam iniciadas, casamentos seriam salvos, mortes seriam evitadas, lágrimas nunca tocariam o chão.
Ao contrário disto, as pessoas aumentam ainda mais, num chamado de fofoca ou desentendimento, prolongam-se frases e conversas e o que seriam 50 a menos, torna-se 300% a mais. Problema é quando se quer desfazer deste nó infinito.
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