Eu tinha visto esse curta, mas não tinha percebido o quanto era chocante a combinação com minha vida. Se você não tivesse me passado o link por email com o título "Um breve resumo", eu nunca teria percebido. Poderia perceber posteriormente, mas não hoje, não esses dias. Vi esse ad de forma sutil e apenas só.
Interessante como gravamos músicas à pessoas e situações, não sou o unico que lembra de pessoas com determinadas músicas, e isso às vezes é bom e às vezes não. De qualquer modo o senso nostálgico é latente.
Só para fechar o tópico "Dudu e Mô", fora um rumo que não tomei, mas acho que até a metade foi muito igual a minha vida. De fato que nunca gostei de Legião Urbana, embora andasse no P7 e fosse do RPG e ROCK. Mas nunca a voz meio sei-lá do Renato Russo me agradou... acho que foi mas viral que gosto, pois todo mundo que andava no P7 tinha que dizer que curtia legião. Desculpa, mais minhas raízes do Rock são provindas do Iron Maiden e bandas Heavy, de gosto brasileiro só comecei a desfrutar de alguns da velha gurada tipo Paralamas do Sucesso muito depois.
Não importa onde você esteja, a música estará lá. Pode ser em leves batuques no guichê do banco, pode ser durante alguns segundos no atravessar de andares dentro do elevador, no ônibus, metrô, carro, avião, na rua, na Tv, no óbvio rádio... SEMPRE haverá música. Quando optamos por carregá-la conosco, seja em players ou escrita, ou até na cabeça (Tem músicas que ouvimos apenas alguns segundos e ela gruda no cérebro até Deus sabe lá quando, exemplo: J. Andrade é J. Andrade), tomamos como objeto de personalidade a playlist que carregamos. Todos nós temos nossos preferenciais de música e estilos, variando de situações e épocas, mas algumas ficam lá durante um bom tempo. Eu mesmo curto British Music, Radio Music and Eletrônica (desde Drag Music até Minimal), algumas dessas que carrego comigo, quando tocam eu fico estático lembrando de momentos e pessoas, que ser surpreendido como eu? Coloca teu i-pod no Random e vai pra algum lugar que demora no mínimo uns 30 minutos, acho que logo nos primeiros 2 minutos de qualquer música você já vai estar viajando a milhares de pensamentos-luz.
Mas cuidado! Algumas músicas podem trazer péssimas recordações e isso faz o coração doer, seja dor de perda, saudade, mágoa, raiva, rancor... não importa o sentimento de erro que você sinta, só vá com calma, pois há quem diga que é bom curtir o som com um sentimento ruim para deixar fluir (Uso muito isso para explorar meus sentimentos difíceis e indescritíveis de emoções ruins), mas também tem pessoas que não sabem apenas sentir as memórias e acabam revivendo toda a dor e caindo em looping e introspecto decadente. Sempre que for curtir uma fossa, vá com alguém ou vá sabendo voltar, entretanto se souber curtir um clima down sozinho e de boa, apenas aconselho um bom vinho.
Se minha vida tivesse uma trilha sonora, poucas faixas seriam de MPB, pera lá, não é que eu não goste, mas meu nervo lésbico só é um pouco aflorado para tendencias mais alternativas e/ou muito famosas. Não sou de curtir tudo que se toca no violão, mas sou fã de versões acústicas. Não é MPB eu sei, mas vamos dizer que compensa minha falta de brasilidade sonora em sentido "unpluged". Sou tendente a boas e grandes obras antigas desde a Bossa-Nova e o Indie, mas de fato MPB é raro em meu sonoro paladar. Vamos ver se eu consigo aprimorar esse aspecto até eu ir embora para a Europa.
O que vale é você se sentir bem com a músicas a sua volta, aquela que faz teu coração bater mais rápido ou mais devagar, aquela que você sente correndo nas veias, sobe para a cabeça e o corpo entra em modo automático. A música que nos marca faz nosso corpo se tornar mais leve, mais desprotegido de todo o mal sonoro que se passa lá fora. Por isso que prefiro as que tem batidas legais, sejam rápidas ou devagar, mas que funcionem como um anestésico para o mundo cinza que vejo todos os dias. O mundo monocromático do habitual é tingido pelas cores da música (concordo isso foi muito Cindy Lauper), enfim você entendeu ¬¬'
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