terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Minta para mim.

Minta para mim enquanto é cedo. Diga que não quer me abraçar. Que não gostas do meu cheiro, que meu beijo não te provoca. Minta para mim do jeito que só você sabe, me diz que não é ninguém importante te ligando. Me diz que quer atender teu celular enquanto estou mordendo tua boca, deslizando meus lábios pelo teu pescoço. Apenas minta.
Minta dizendo que não gosta de mim, que quer fugir dos meus lençóis. Sussurra que não me ama, mas teus olhos tão próximos aos meus me dizem que me amas profundamente. Mas continue mentido, me diz que não tem ciúmes do meu jeito de falar com as outras, vai minta. Me dá algo para lembrar que era mentira, mas tenta não ser tão sincera.
Respira, não perca o ritmo desse jogo. Entre braços e abraços, pernas e mãos, não esqueça de respirar fundo ao mergulhar no meu amor. Respire normalmente, como faz ao me ensinar a pescar. Respire depressa como a nossa primeira vez. Minta que não tiro teu fôlego.
Prometa que terá uma desculpa esfarrapada bem melhor na próxima vez. Promete que me verás novamente quando eu estiver sóbrio. Não minta que prometeu.
Devagar, é como suas mentiras caem no meu colo. Provoque-me fazendo te querer como nunca. Mas promete que as tuas mentiras serão sempre tão sinceras, que nunca irão me machucar. Eu tento não mentir, mas como sabes sou um péssimo mentiroso e assim minto que vou te ver de novo.

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