domingo, 18 de outubro de 2015

Quando eu partir.


O tempo está chegando ao fim. Chegará o momento em que nada mais existirá além do infinito, e quando este dia chegar não fique triste. Lembre da felicidade que te fiz presente, lembre daquele dia que rimos sem parar, das noites que apontamos para as estrelas e contamos como elas chegaram ali, quando eu partir não levarei comigo nada além da minha própria esperança de te ver crescer bem, viver uma vida continuada, com tantos ritmos e batuques que só a Terra tem. Não fique triste por pensar que tudo acabou, fique triste para depois ficar calmo, ficar sereno porque tudo valeu à pena. Todas essas nossas andanças, nossos pulos, corridas, todas essas filas, esperas e remarcações, todas as reprises, replays e loopings variados de informação. Nunca esquecerei o dia que nos conhecemos, de toda aquela simples confusão que se dá no segundo encontro, de tentar disfarçar a indiferença, de dar valor às tuas coisas favoritas, de relaxar no meio de um tormento. O bem mais precioso que exite é o próprio tempo e só a gente pode dar o valor que ele realmente merece, viver as nossas vidas de forma humanitária e bem-viver o ambiente, encurtar distrações, alongar jornadas. Abraçar. E mesmo quando eu partir, sempre que fechar os olhos eu vou te sussurrar "vivemos em um mundo de possibilidades".
Perdoe a forma brusca, mas a vida é um grande livro onde uma hora chega ao fim. Epílogos e finais. Daí você se pergunta: como está sendo o seu incrível conto? O meu, posso ousar em dizer, foi inesquecível.

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