terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

No Escuro



Sinopse:
Catherine aproveitou a vida de solteira por tempo suficiente para reconhecer um excelente partido quando o encontra: lindo, carismático, espontâneo... Lee parece bom demais para ser verdade. Suas amigas concordam plenamente e, uma por uma, todas se deixam conquistar por ele. Com o tempo, porém, o homem louro de olhos azuis, que parece o sonho de qualquer mulher, revela-se extremamente controlador e faz com que Catherine se sinta isolada. Amedrontada pelo jeito cada vez mais estranho de Lee, Catherine tenta terminar o relacionamento, mas, ao pedir ajuda aos amigos, descobre que ninguém acredita nela. Sentindo-se no escuro, ela planeja meticulosamente como escapar dele. Quatro anos mais tarde, Lee está na prisão e Catherine, agora Cathy, tenta reconstruir a vida em outra cidade. Apesar de seu corpo estar curado, ela tornou-se uma pessoa bastante diferente. Obsessivo-compulsiva, vive com medo e insegura. Seu novo vizinho, Stuart Richardson, a incentiva a enfrentar seus temores. Com sua ajuda, Cathy começar a acreditar que ainda exista a chance de uma vida normal. Até que um telefonema inesperado muda tudo. Ousado e poderoso, convincente ao extremo em seu retrato da obsessão, No escuro é um thriller arrebatador.

Até 100:
A) Opinião sobre a história?
Não li a sinopse quando comecei a ler este livro, foi por descuido da memória. A história não tem nada de extraordinário, mas o que cativa é o cotidiano de uma mesma pessoa separada por 4 anos. Acompanhamos o antes e depois como se fossem pedaços de histórias desconexas, mas que figuram em choque hora e outra.
B) Opinião sobre os personagens?
A protagonista é muito meticulosa no que importa, sendo Catherine ou Cathy você sentirá o universo ao qual elas pertencem sem fazer muito esforço, seus respectivos companheiros também demonstram cativar tanto qual elas. As ações de todos são marcantes e variadas.
C) Qual o ponto entre a posição atual e a sinopse?
Agora Catherine apresentou Lee aos amigos e não aconteceu nada para amedrontá-la, já Cathy deu inicio ao tratamento do TOC.
D) Frase mais interessante até agora?
Girei a maçaneta seis vezes, verificando se estava trancada. Um, dois, três, quatro, cinco, seis.
E) Qual a ultima frase da página 100?
Então eu começo a me atormentar e imaginar tudo de ruim que pode acontecer se eu fizer aquilo errado, se eu estragar tudo, como eu já estraguei tantas outras coisas na minha vida inútil.
F) Pretende continuar a ler?
Sim, gosto muito de histórias bem desenvolvidas em sua simplicidade.
G) O que esperar do restante do livro?
Que Cathy consiga superar seu TOC.
H) Indicaria esse livro?
Sim, o livro é bem tranquilo e tem cenas interessantes, é como se fosse um filme de suspense  com toques de drama.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Invisíveis


Sinopse:
Quando Rose se casou com o atraente Ivo Janko, integrante de uma família de ciganos nômades, muitos se perguntavam o que os dois tinham em comum. Rose é quieta e tímida. Ivo é taciturno, porém carismático. Depois que ela desapareceu, boatos diziam que ela fugira por causa de um filho que nasceu com o problema genético da família. Mas o pai de Rose, Leon, não tem tanta certeza disso. Ele quer saber a verdade e contrata um detetive particular para descobri-la. É aí que entra Ray Lovell, um detetive, que embora pouco renomado, tem a vantagem de ser descendente de ciganos. Lovell concorda em pegar o caso. No entanto, sete anos após o desaparecimento de Rose, ele teme que tenha se passado tempo demais. Além disso, sua investigação é dificultada pelas únicas pessoas que poderiam ajudá-lo: a família Janko. Trata-se de um clã fechado, e a última coisa que desejam é um estranho se metendo em seus assuntos particulares. Ray não consegue entender a relutância deles em ajudar. Qual é o motivo de não quererem que Rose Janko seja encontrada? 


Até 100:
A) Opinião sobre a história?
Sinceramente eu nunca li nada sobre ciganos em específico, o que me atraiu a atenção é que não fala sobre clichês de danças ciganas ou rituais. O foco é a tradição da cultura cigana, sua discrição, sua lealdade familiar. A história se passa nas memórias de Ray enquanto ele se recupera de um envenenamento, esse "aviso" o deixou em coma, depois paralítico e por aí vai. E tudo o que ele quer é saber o Porquê. As memórias seguem, por um lado temos o Ray Lovell indo em busca das informações com todos os possíveis envolvidos ou presentes no ultimo aparecimento de Rose, por outro temos a família Janko que procura uma cura para o filho de Ivo, e nenhum deles sabem o paradeiro da moça. Pelo menos até agora não.
B) Opinião sobre os personagens?
Por se tratar de um conto policial, não há abordagem clara das coisas, algo minucioso ou descritivo demais. Por um lado um cara comum em busca de respostas, por outro uma família cigana narrada pelo adolescente JJ. É de se apergar ao JJ tal qual Lovell e ter carisma pelo temperamento e habilidade em atravessar as situações.
C) Qual o ponto entre a posição atual e a sinopse?
Lovell acabara de encontrar os Janko, e por algum motivo não querem que Ivo Janko, marido de Rose, converse com o detetive.
D) Frase mais interessante até agora?
Mas acabamos ficando juntos, pois é isso que se faz quando se encontra uma pessoa que faz com que tudo ganhe sentido; que sabe o que está pensando antes de você dizer; cujas frases você pode concluir e ela nem se importar.
E) Qual a ultima frase da página 100?
-Já não o vejo há uns... três anos mais ou menos.
F) Pretende continuar a ler?
Sim, agora que as coisas começam fazer algum sentido. Quando temos os Janko e Lovell, cara-acara.
G) O que esperar do restante do livro?
Eu mentiria se quisesse a Rose viva ou aparecida do nada, o que eu espero mesmo é ver o JJ tendo um fim legal, ele sofre demais com a família. Fora que Lovell ainda não está recuperado, será mesmo que a memória dele é verdadeira?
H) Indicaria esse livro?
Sim,  mas não para qualquer pessoa. O ritmo do livro é dinâmico pelos diálogos sem pausa, mas é do tipo de ser indicado para alguém que goste de criar expectativas, de querer realmente chegar no fim, pois aqui não parece nada clichê.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Ouça.


 Dedique-se a trabalhar ouvindo algo que gosta, algo que flua a mente.
 Dedique-se a espairecer os pensamentos fazendo-os focar de forma sutil naquilo que realmente importa.  Estude, leia, trabalhe, malhe, relaxe... sempre ao som de músicas boas, canções que o corpo reage automaticamente.
 Quando você menos imaginar o tempo terá passado e tudo feito com exatidão do mesmo que sem música, ou melhor, com um grande diferencial, você ainda estará disposto. Pronto para a próxima faixa.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Ticket


 O ferro está gelado, acho que é pela noite que também caiu fria. O vapor das narinas dá um ar romântico nesta noite de primavera, vejo os casais comprando balões, chocolates, se abraçando, beijando. Deve ser o clima de dia dos namorados, sim, deve ser isso. Continuo com meu cigarro, o apoio de ferro de uma das filas continua frio, mas não ligo, sei que ninguém irá me incomodar aqui.  

Nessa pausa entre um brinquedo e outro, me vejo lembrando do dia em que chegou meu bilhete, meu golden ticket. Aquele bilhete premiado me dava a liberdade de experimentar todas as relações da vida, bastaria aguardar a minha vez e, finalmente, eu estaria me divertindo.
 Nossa! No começo era tão legal, tão maravilhosamente incrível que tudo me chamava atenção. Todas aquelas luzes coloridas, objetos girando, músicas hipnóticas e repetitivas... Eu corria sempre pra fila dos brinquedos mais radicais, aqueles que eram velozes, aqueles que nos viravam de ponta-a-cabeça, aqueles que giravam e giravam e giravam e giravam... Fui na maioria, me diverti muito, tive muita dor de cabeça, ânsia e tontura, mas isso tudo é normal quando se experimenta emoções bruscas. 
 Tentei ainda ir naqueles mais tranquilos, os que possuem interações maiores, os que se chocam entre si, aqueles que apenas nos faz subir lá no alto de forma dificultosa e descer escorregando, dando um frio gostoso na barriga. Os mais tranquilos também eram rápidos.
 Depois de um tempo no parque de diversões, assistindo todos se divertindo, me dei conta que aquilo era tedioso e enfadonho. Chega uma hora que cansa. Chega um momento que você tem que comer alguma coisa, parar para respirar um pouco, dançar sozinho, rir de si mesmo, se aventurar pelo próprio espírito, sempre chega esse momento do individual. 
 Meu cigarro acabou tão rápido, passo as mãos sobre os bolsos na expectativa de mais um, droga! Era o último. Bem, agora eu fico aqui sozinho no frio, ou posso ir mais uma vez em algum brinquedo. Deixe me ver...
 Não quero ir naqueles que só me dão segundos de alegria e logo outro estará no meu lugar, não estou nessas de aventuras radicais por uma noite qualquer. Não sinto mais o frio na barriga depois de saber como é a emoção de um looping, de saber como é soltar as barras de proteção e quase ser jogado longe, já não palpita forte o coração quando fico de cabeça para baixo por muito tempo. Bem, acho que esse é o problema, é tudo muito previsível. Começam dando expectativas incríveis, nos fazem subir e descer, aquela sensação de borboletas, e do nada, acabam, terminam, o tempo passa. Soa um alarme de que é hora de outras pessoas se divertirem. 
 Os brinquedos mais lentos são procurados geralmente pelos mais velhos, pelas mulheres também, geralmente nos mostram algo que não seria possível ver. São horizontes possíveis, não imagens retorcidas de nós mesmos, são pessoas conflitando entre si, se batendo e batendo em si, são perspectivas que não dão calafrio ou tensão na fila. Tem uma surpresa boa nisso tudo, tem aquilo que a lembrança gosta de sustentar em noites frias como essa.
 Eu acabei de ir na montanha-russa. Era legal essa nova, parecia tranquila, mas tinhas seus altos e baixos, não era tão veloz, mas tinha uma velocidade que jogava o vento no rosto e arrancava risadas, passava por uns túneis e na hora eu ficava desorientado, fiquei assim várias vezes, estou assim até agora. Você até vê ela de forma gigantesca, mas para mim ela acabou ali, em poucos segundos, acho até que ela estava em teste. Sabe, naqueles eventos específicos do ano em que só pode ter um pouco, nunca muito, porque ele não está pronto, não está 100%? Pois é.

 Cá estou eu, batendo uma bota, nos engradados que formam a fila, para tirar a lama, vejo as pessoas indo e vindo com emoções diferentes entre os brinquedos. Estou na fila do carrossel, é parado, massivo, sem atrativo algum, mas a música é boa, a velocidade me é tranquilo, não vai pra lugar algum, mas a música me faz sonhar, me faz pensar como seria se eu voltasse naquele dia que recebi o ticket, me faz pensar em tanta coisa que eu já nem quero pensar. Quero seguir para o próximo, achando que será, finalmente, o meu ultimo.

                                   

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Ah, não fala isso, por favor.


 Amar alguém hoje está superestimado. Todo mundo ama todo mundo. Não que isso seja errado, é uma coisa boa até. Mas mesmo não sendo errado, não significa que seja verdadeiro. Você ama seus pais, seu irmão e até seu melhor amigo. Você dificilmente ama alguém que você conheceu há um mês. 
 Amor é um sentimento muito forte, que muitos confundem com paixão. É completamente normal você se apaixonar por alguém em até mesmo um dia. Mas para amar alguém? Eu não digo que tenha um prazo definido para saber se é amor ou não. Para amar alguém de verdade, você precisa passar por diversas situações que comprovem isso. Talvez até seja esse o motivo pelo qual as pessoas se decepcionam tanto. “Amam” qualquer um, e um segundo depois a pessoa te machuca, te magoa. 
 Existe algum problema de estar em um relacionamento onde você não diz que ama a pessoa? Não deveria existir. Amor é uma coisa que leva muito tempo para ser construído. Amar é dar a vida pela pessoa que você ama. Amar, muitas vezes, é deixar de lado as diferenças e apoiar a pessoa que ama. Mas amar, infelizmente, não significa ser amado de volta. As palavras não tem tanto poder como um dia já tiveram. 
 Pessoas mentem. Talvez quando falem, nem achem que seja uma mentira, pois estão completamente iludidos. Para saber se alguém te ama, você deve ficar atento as atitudes demonstradas e não a meras palavras. Existem aqueles que amam, sem nem ao menos dizer. Se importam, cuidam, mas não tem coragem de admitir os sentimentos. Existem também aqueles que falam e falam, mas na hora de demonstrar o amor, nada acontece. Não desperdice um sentimento tão forte e verdadeiro. Paixão não é amor, mas paixão pode virar amor. 
 Enfim, existem tantos tipos de amor... Quando amar, ame verdadeiramente e não pela metade. Aproveite esse sentimento, porque amar de verdade, são para poucos. 


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Eu vou ficar.


Esse é mais um daqueles momentos em que todos virão te perguntar "O que aconteceu?" e você certamente irá responder "nada, não foi nada". Agora vamos combinar, é nada mesmo? Claro que não. E no fundo sentimos aquela vontade absurda de dizer, não é nada - é só saudade, é só tristeza, é só vontade de abraçar, de beijar, de estar perto - E lá vou eu de novo, engolir a seco tudo o que eu sentia e responder sorrindo que estou bem. Sempre bem. Pra quê? Pra quê dizer que não estou bem? Por que contar os meus problema? Quem precisa saber deles?
Deixa todo mundo pensar que estou bem, talvez eu até pareça estar. Engoli tudo o que eu sentia sem mastigar. Nem deu tempo de digerir. Ainda está engasgado na garganta, como se a qualquer momento eu fosse despejar isso. Essa saudade, essa agonia que me dá ter sempre que dizer que está tudo bem, quando na verdade eu queria gritar a minha dor só pra ver se ela diminui.
Lá vou eu, mais uma vez, colocar um sorriso no rosto e ser feliz por aí. Pelo menos é o que vão achar, é o que eu vou fazer com  que eles acreditem. Estou bem, estou feliz. E ando por aí repetindo isso, uma hora talvez eu me convença. Talvez até eu comece a acreditar nisso.
E mesmo que eu esteja perdido, que esteja dando tudo errado em minha vida, que  eu esteja com mil motivos para chorar, você não vai me ver derramar uma lágrima.
Sabe porquê?
Porque não vale a pena, porque ninguém vai chegar e curar o que eu sinto. E se ninguém vai resolver por que eu vou contar? Por que vou demonstrar?
Chega! Não me cabe o papel de vítima.
E se me encontrar por aí, pode me perguntar se estou bem. Cada vez que respondo QUE SIM o meu interior se convence um pouco mais disso. E mesmo que eu não esteja, não convém falar, se eu não estiver bem, eu vou ficar..

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Dez coisas que eu odeio em você.


Odeio o modo como fala comigo
E como corta o cabelo, 
Odeio como dirige o meu carro 
E odeio seu desmazelo, 
Odeio suas enormes botas de combate 
E como consegue ler minha mente, 
Eu odeio tanto isso em você 
Que até me sinto doente, 
Odeio como está sempre certo
E odeio quando você mente,
Odeio quando me faz rir muito 
Ainda mais quando me faz chorar...
Odeio quando não está por perto 
E o fato de não me ligar, 
Mas eu odeio principalmente 
Não conseguir te odiar, 
Nem um pouco, 
Nem mesmo por um segundo,
Nem mesmo só por te odiar.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

29 Segundos.


 E naquele momento eu estava conversando calorosamente quando, de súbito, fui levado ao infinito. Uma simples mensagem de voz perturbou este templo de portas fechadas. Nada extravagante, tampouco escrachado, ao contrário do que o mundo demonstra nesse caos e movimentos que acolhem tantos vazios e corações rasos, fora a condição de calmaria que fez a garganta secar.

 O silêncio quebrou ao som de piano, a voz rouca dedicou aquele trecho a minha pessoa. Aquela voz que ameaçou minha sanidade foi um sussurro, baixo, rouco, bem como quando a gente acorda e vê quem amamos do lado, ele sorri, sorrimos em resposta, e logo soa um bom dia. Foi nesses tons de felicidade mundana e perpétua que o arrepio desceu pelas costas, embrulhou o estomago libertando borboletas incansáveis. Foi naqueles poucos segundos que eu fiquei sem chão.
 Me senti abraçado em meio a rodovia conturbada, parecia que alguém tinha atravessado todo o sombrio e purulento para vir salvar o que jaz no decaído. Senti a ternura olhar serena aos meus mais íntimos momentos. Em poucos segundos eu me apaixonei novamente, fiquei estático, com suadas mãos, o rubor fintou o rosto e decidiu ficar. Amor.
 Talvez seja nessas sutis surpresas que nos aproximamos mais das pessoas, quando elas nos mostram que mesmo no micro tempo, pode nos levar a lugares impossíveis, nos marcando em proporções imensuráveis. Talvez seja no inesperado que tudo aconteça. Quando isso acontecer, o mundo acabará, e só existirá você, você e a outra pessoa, e naquele momento você viverá o infinito.

"And I've lost who I am, and I can't understand

Why my heart is so broken, rejecting your love
Without, love gone wrong; lifeless words carry on
But I know, all I know's that the end's beginning"

Pássaro Livre.


Só preciso de um momento meu
apenas um segundo de tempo
para criar asas e voar
ao encontro do vento
e beijar o luar.
Agora eu tenho asas, sou pássaro
vou ao encontro das nuvens
viajando sob o sol morno de verão.
O vento me leva qual pluma
e eu voarei ao encontro da lua
beijando os raios de luz.
Verei bem de perto as estrelas
e soltarei beijos ao vento
sem tristeza e sem lamento.
Sou livre, tenho asas, posso voar.
E foi preciso apenas um momento
um segundo apenas de tempo
para virar luz e varar os céus
na liberdade sem par
de quem tem asas
e pode voar.


Apenas o céu

Foto por @sanamaru O amargo remédio se espreme goela abaixo, a saliva seca e o gosto de rancor perdura por horas. Em vez de fazer dormir ele...