terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Frontal


      Se é para ser objetivo com pitadas de recalque, então serei. Consideração é a palavra chave para qualquer embasamento comportamental em derivação genérica, sem proporção qualitativa do ser passivo. É a consideração que faz você ligar para alguém avisando que chegou bem, de responder uma mensagem de saudação, de ir até a casa da pessoa desejar-lhes melhoras, chamar para sair, ignorar comentários maldosos, protege-las de estranhos, empurrá-las para paqueras em potencial... É a consideração pela outra pessoa que atiça o Dolo (Vontade de agir do agente ativo).
     E entendendo assim, a consideração é imutável, ela não só existe para as pessoas que gostamos, ela é característica do sentido Humanidade. Bem como a piedade, a consideração nasce com a pessoa e desenvolve-se com as relações interpessoais. E é dela que brotam todos os outros sentimentos correlacionados como amizade, amor, gratidão, carinho, raiva, ódio, vontade infinita que a pessoa morra de formas variadas e dolorosas. Enfim, em sentido específico a consideração age de peso e contrapeso em diversas situações, e daí valoriza-se os humanos ao nosso envolto.
     Muito embora seja errado o depósito agregado de Expectativas junto a Consideração, normalmente isso é feito por ser mais prático. O que pode gerar mal-estar e desapontamento quando as coisas começas a desandar de forma violentamente descarada, o que também pode acontecer quando as expectativas são superiores as considerações iniciais, e então a frustração é avassaladora. Sendo ou não culpa conjunta da expectativa, considere sempre as pessoas em sentido amplo, pois indulgentemente a consideração age de forma refletiva.
     Que fique claro que consideração não é barganha! Considerar é ato unilateral e de boa vontade, barganhar é recíproco (em algum momento) e pode haver má-fé. Exemplos diversos já observei quando há frustração/decepção de frente, uma única ou várias vezes, e o ser transfere a raiva dele para os outros. Surgindo assim várias frases de efeito:

"Não trate como Rosbife quem te trata como arroz com bife."

"Não trate como Chanel quem te trata como Renner."
"Não trate como Harry Potter quem te trata como Crepúsculo."
"Não trate como Coca-Cola quem te trata como Dolly Citrus."
"Não trate como lazanha quem te trata como pão-com-ovo."
"Não trate com prioridade quem te trata como opção."
"Não trate como Absolut quem te trata como Natasha."

     Acho que já deu pra entender a lógica da coisa. Abrindo duas vertentes próprias, temos: A vontade do agente em se sentir bem ao ponto de fazer o que quer por simples dolo, podendo ter posteriormente um certo arrependimento, entretanto não subjuga-se inválido seu investimento consideratório já que ele teve suas tentativas e a partir do momento que não dependia mas dele a insatisfação foi superior às suas alegrias. E a mais comum que é a da decepção por vias de fato, quando alguém falha (in)diretamente com o agente, e o mesmo não usa de critérios avaliativos para entender a situação do agente considerado, riscando-o da lista vital e nunca mais olhando na cara dele.

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