segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O Garra!


 Sempre que me vejo sem rumo, sem direção, condição ou percepção, remeto-me ao conhecido mundo infanto-juvenil. As pequenas coisas que sempre me alegram e me confortam de uma maneira que só eles sabem fazer, o jeito que só eles sabem roubar um sorriso sincero meu.

 De fato, é até complicado explicar os motivos corretos para que, nos momentos que apreciamos como dificultosos ou árduos, nos acorrentamos ao familiar, ao até mesmo ao habitual. Creio que seja por nos dar o conforto ao corpo e mente, e com isso possamos continuar nossa batalha diária. Contudo é certo afirmar que  quase todos os seres que conheço hoje, gostariam de ter uma segunda infância, algo o qual poderíeis aproveitar novamente, sem todas essas cobranças do dia-a-dia.

 Para mim, um simples filme infantil da minha época já me deixa tranquilo, principalmente por já conhecê-lo muito bem e saber tirar lições para os problemas atuais. Geralmente busco neles explicações para meus universos, acho incrível como o sistemas de inocência aplicada ao adultismo funciona tão bem. Vai ver é por conhecer tão bem de analogias que, talvez assim, dê tão certo.

 Quando estou muito, mas muito triste ou aborrecido, eu pego um dos clássicos da Disney, ou uma animação da Dreamworks, e fico lá babando recordações e canções. Ou então, faço maratonas de filmes que me tiraram sono, como o Harry, Resident, Matrix e tantos que me acompanharam e me fizeram o homem que sou hoje. Dizer que eles não são influência em minha vida é o mesmo que dizer que eu não assistia TvCruj quando menor.

 Não tenho vergonha de contar que eu sou bobo por filmes, principalmente infantis. Acho que não é ser infantil você cultivar a criança que vive dentro de você, deixando você menos ranzinza, e muito mais feliz consigo mesmo. Afinal, ser infantil é correr dos problemas, é não querer trabalhar, mudar, corrigir, ter medo de tudo e de todos, para mim isso é ser infantil. Só porque você gosta de sorrir, correr, pular, brincar, jogar, e fazer coisas como criança, tipo brigadeiro de panela, contar piadas, andar de bicicleta com amigos e tantas outras coisas que me jorram em recordações tão memoráveis, para mim ser gente grande é saber lidar com tudo isso e não perder a graça de viver.

 Ter responsabilidades e aproveitar a vida é o método mais simples de chegar aos trocentos anos e indicar à todos como é ter uma vida de verdade, uma vida regada de amigos, família, sorrisos e lágrimas. Pois tudo na vida tem o seu contraditório, da infância à velhice. Cabendo sempre a tua percepção sobre os problemas e dilemas.

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