sábado, 25 de fevereiro de 2012

Não Jogue Amor Na Rua.



 Acordo sempre com a indiferença no olhar,
 Com pensamentos inconstantes,
 E antes de abrir os olhos eu rezo, para o dia mudar,
 Esperando sempre ouvir um "bom dia" sussurrado,
 Mesmo que eu não faça tudo aquilo que digo,
 Digo tudo o que posso, pois assim chegarei a completar,
 Não tenha isso como banalidade, exagero, vazio...
 Queria poder esquecer de você,
 Mas lembro de ti toda hora,
 Desafios, propostas, promessas, um sorriso...

 Agora que tudo se trancou posso levantar,
 A hora é agora, hora de você olhar para mim,
 Em frente ao espelho replicante eu pergunto,
 Quem sabe agora você perceba?
 Você me veja como realmente sou,
 Um rabisco, um borrão, um alguém perdido,
 Esse sou eu,
 Quem nunca vai te dar o mundo que a ti pertece,
 O incrível universo que vejo dentro do teu sorriso,
 O arrepio da pele que o dedo percorre em brincadeira,
 Pensamentos meus que talvez você nem queira ouvir,
 Mas vários universos criados para chegar ao teu,

 Hora de continuar a arrumação da vida,
 Trocar as roupas de sentimentos e seguir para a realidade,
 Em meio a tantas ruas, há várias pessoas,
 Oferecendo tudo o que possa imaginar,
 Incluse um amor para recordar,
 Mas quando terminar de usá-lo,
 Não jogue na rua,
 Não jogue o amor na rua,
 O amor ao relento morre,
 Apodrece em inverdades e expectativas,
 O tempo corrói as bordas de afeto,
 Ele sempre gritará teu nome quando for pisado, 
 Deixe-o no lixo,


 Quem sabe não aparece alguém que possa reciclá-lo?



 

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