segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Psicose Adorável


 Para aqueles que esperam uma crítica bem acentuada para o seriado de humor da Natália Klein, pode ficar com o cavalinho bem amarrado. Embora eu me veja em muitas situações psicóticas como a própria Natália, psicótica assumida (vale salientar), nada do que trago hoje aqui vem de muito bom proveito. Creio que aqui terá mais um desabafo ou crítica não estudada sobre um coisa que me intriga até hoje, eu mesmo.

Tudo começou em um dia qualquer, com um assunto qualquer, em um lugar qualquer, entretanto tudo desabou. Entre brincadeiras com chamamentos e títulos de "maluco", "maluquinho", "doidinho" e outros do mesmo nível, nada se comparou a avaliação técnica de um profissional da área de psicanálise com décadas de experiência.
 Não, não. O problema não foi só a análise, ou melhor, a psicanálise... Quem dera fosse isso. Tudo cuminou na explicação do meu comportamento perante atitudes mundanas, no qual eu me daria bem por ser psicótico. Que eu sou psicótico isso eu sei, tenho laudos clínicos provando isso e não é de hoje, mas... MAS... mas, sabe quando a brincadeira de umas semanas atrás de te chamarem de "maluquinho"? A brincadeira deixou de ser brincadeira e passou a ser bullying, ou agressão psicossomática.

 Quando o real invadiu a esfera dos prazeres infantis, a brincadeira sôou com ar de deboxe, sátira e jocozidade. (Seja lá qual o sentido dessa ultima palavra)

 Pra quem não sabe, Psicose é como vemos no amigo Wikipédia:

Um quadro psicopatológico clássico, reconhecido pela psiquiatria, pela psicologia clínica e pela psicanálise como um estado psíquico no qual se verifica certa "perda de contato com a realidade". Nos períodos de crises mais intensas podem ocorrer (variando de caso a caso) alucinações ou delírios, desorganização psíquica que inclua pensamento desorganizado e/ou paranóide, acentuada inquietude psicomotora, sensações de angústia intensa e opressão, e insônia severa. Tal é frequentemente acompanhado por uma falta de "crítica" ou de "insight" que se traduz numa incapacidade de reconhecer o carácter estranho ou bizarro do comportamento. Desta forma surgem também, nos momentos de crise, dificuldades de interacção social e em cumprir normalmente as actividades de vida diária.


 Saber que as pessoas te olham diferente por você ter um leve aparato psicológico não é tão legal quando elas te apontam o dedo. E o que mais me dói é justamente esse dedo, que eu vejo você apontando para mim só porque eu sou demais e você de menos. Obrigado avalidor por me deixar bem triste, por saber que existem pessoas que pensam como eu e isso é ruim, pois elas podem ser pessoas piores do que elas já se sentem quando estão em crise.

 Todos nós somos um pouco psicóticos, o que difere é o grau do Delirium ou melhor dizendo, o que difere é saber se você é um excêntrico egoísta ou um egocêntrico ditador de parâmetros multifacetados de lados hipotéticos em demasiada perplexão irracional da lógica comum. Dando causa, ou procurando a mesma:

Uma grande variedade de estressores do sistema nervoso, tanto orgânicos como funcionais, podem causar uma reação de sintomatologia, semelhante, porém não igual, a estrutura psicótica. Muitos indivíduos têm experiências fora do comum ou mesmo relacionadas com uma distorção da realidade em alguma altura da sua vida sem necessariamente sofrerem grandes consequências para a sua vida. Como tal, alguns autores afirmam que não se pode separar a psicose da consciência normal, mas deve-se encará-la como fazendo parte de um continuum de consciência.


P.S.: "Aquele negócio" no qual eu escrevo se chama BLOG e tem mais de 5.000 acessos!

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