quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Você



Nas gramas verdejantes da minha juventude
Caminhando nos parques ensolarados e cheios de vida
A felicidade que deveria vir e ser tão certa
É ofuscada pelas nuvens densas da tua ausência
E meu olhar refletido pelas águas negras do lago
É tão escuro e tão desértico
Quanto a distância cármica que há entre nós

A felicidade fácil das pessoas no domingo
E o braço dos meus amigos a me apertar
Tudo no parque era pra ser festa
Qualquer um ali se sentiria quente e leve
Como uma brisa de verão…
Mas, essa felicidade que há para ser vivida
Não se compara àquela que deixei com você
Nos seus braços, no dia em que afundei
E de você me vi obrigado a esquecer

No final, quando tudo acaba
É sempre escuridão
É sempre a falta do amor
É sempre eu novamente caminhando com minha dor
Sozinho, para casa, sem que ninguém possa me entender
E sem esperanças de que a felicidade me tangencie

No final, sempre tudo se resume à você
E onde você se encontra agora
E o pedaço de mim que ficou
E que não mais retornará

No final sou sempre eu
Sofrendo a velha dor novamente

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