sábado, 2 de julho de 2011

q ò.ó p


Alguns avisos são tão naturais e sutis que me deixam meio receoso em segui-lo. Não sei você caro leitor, mas eu tenho meus métodos para saber o quão incrível está sendo o meu dia, torna-se muito simples perceber o dia minimalista que vivemos se você for, também, detalhista.
Desde alguns tipos raros de animais no dia-a-dia (vale lembra aquela propaganda do Beija-Flôrr [sotaque bem paulista]) até algumas situações como o café expresso na imagem acima. Deixar de perceber o dia é como não sentir falta do calor do sol em dias chuvosos, ou não admirar uma lua cheia, claro que tudo isso deve ser regado com muito raciocínio, pois se começares a "perceber" demais acaba criando coisas que não existem, como ver as nuvens e imaginar formas, ou ver fotos e rostos em fumaças do Word Trade Center.

Não sei se isso é um hobbie, uma prática religiosa, um sentido especial, uma psicose, mas se eu tivesse uma câmera fotográfica o tempo todo comigo, eu poderia explorar esse universo paralelo chamado Difuso Contrátil. Este se mistura, se difunde com nossa realidade monocromática de stress e trabalho, de corre-corre e faz-lo expandir à outras perspectivas de ambientes e sensações.

Já discutiram com alguém, e no meio da discussão um bem-te-vi pousou ao teu lado e tudo ficou em silêncio só ouvindo o canto do pássaro? Como se fosse um sinal para que parasse a discussão sem rumo e sentido e que tudo voltasse a ficar bem? Pois é, para outras pessoas seria só um pássaro tentando roubar uma batatinha, daí você diria "Chô-chô" e este animal singelo voaria para seu destino.

Cada um ver a cor que quer ver, sendo ela ou não a cor que dizem ser.
Nem todo dia o céu é azul, nem toda a noite as estrelas brilham.

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