quinta-feira, 14 de abril de 2011

Bote os pés no chão Michele!


 Meu complexo de planejamento futuro se entrelaça e me segura para todo e qualquer risco. Risco este que me conforta neste momento sem dar valor ao tempo, sem ter medo de sorrir à toa. Do que adianta ter tais momentos se o relógio da euforia é decrescente e logo chegará ao marco 0? Do que adianta se sentir desejado, ou porque não amado, se aquilo é só para conseguir uns minutos de momentos íntimos? Te beijar para saber de onde você veio e pra onde você vai, pois não há nada depois disso?
Choque de realidade, presença de chão, projeção do futuro, medo de tentar... Como você classificaria esses meus pensamentos deprimidos de nossa quase relação, digo quase, pois neste momento já nem sei se existe uma ou se só é fantasia da minha cabeça, não sei ao certo o que pensar.
 Quando me coloco a pensar sobre minha vida e quem me rodeia, muitas vezes me pego triste por fazer coisas que no fim não adiantará de nada ter tentado. Acho que a palavra não nem tentar, arriscar, medo de ser feliz, não encontro uma palavra no meu vernáculo que defino esse meu receio. 
 Tantas coisas que me fazem não querer nada, coisas que eu esqueço quando estou contigo. Medo de tudo vir à tona e eu não saber se gostarás de mim o suficiente para continuar do meu lado. São coisas tão mínimas e eu sempre engrandeço tudo, mania de querer sempre o fim do mundo para o mundo fim. Looping.

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