domingo, 29 de agosto de 2010

Carta para um amigo

Nesta noite seca e cheia de esperança, escrevo para todos aqueles que deixem de amar. Foram meus amigos de ontem e hoje são lembranças. Não deixei de amar verdadeiramente, mas o sentimento no qual sentia ficou guardado assim como o que vivemos. Não sei ao certo a razão de escrever hoje sobre isso, mas acho que foi por finalmente conseguir digerir uma perda.
Há uns dias perdi uma pessoa muito especial na minha vida. Um amigo/vizinho/ companheiro de aventura/ companheiro de classe e tantas outras coisas. Desde pequeno sempre fomos muito ligados, primeiro tinha me desligado do meu amigo que acompanhou minha infância, e este ultimo acompanhou minha adolescência.
Um trágico acidente de moto, provocado por velocidade alta, foi o motivo do arrebatamento deste meu antigo irmão. Quando soube de seu falecimento reagi normalmente, mas não consegui acreditar e aceitar o fato. Fiquei indiferente. Após semanas, vi pouco a pouco as coisas mudarem. E estou acompanhando a morte de uma geração, hoje praticamente setembro, já posso confessar a vocês que perdi 4 amigos. Essas pessoas que eu vi crescer, de pequenos encrenqueiros birrentos para homens audaciosos, meninas chatas para mulheres com atitudes. Pra onde eles foram? Juventude tomada, ora por imprudência ora pela destino. Desculpem se você caro leitor, esperava por um post com alguma aventura do Fireman, mas não consegui hoje sair de casa, após uma playlist que criei para estudar, me fez chorar por horas.
Lembrar a felicidade de piadas e momentos engraçados, os sorrisos de cada um. Saber que eu estava do lado deles quando os momentos de tensão aparecia. Ver nossa turma crescer e sermos tios de uma menina linda. Nossa! Como acreditar que isto não vai haver mais? Saber que nossa amizade não vai passar de 2010. Falávamos de formaturas, viagens e filhos. Hoje só lembramos da felicidade de bons e maus momentos.
Se eu pudesse criar um flshback de coisas incríveis, vocês estariam neles o tempo todo. Ao lembrar e escrever, minha saudade por vocês transbordam aos meus olhos, lágrimas de esperança por fazer da minha jornada, uma continuação das suas. Lembrar a todos que continuam a caminhar, os nomes de vocês, e quem sabe um dia, além de fotos de todos nós, podemos também mostrar aos nossos filhos o quanto de pessoas incríveis podemos conhecer durante uma vida.
Aproveite cada momento com um amigo irmão, pois nunca saberemos o dia em que daremos o ultimo abraço.


Amo todos vocês, hoje e sempre. Que assim seja.


Vivemos esperando
Dias melhores
Dias de paz, dias a mais
Dias que não deixaremos para trás Vivemos esperando
O dia em que seremos melhores
Melhores no amor, melhores na dor
Melhores em tudo
Vivemos esperando
O dia em que seremos para sempre
Vivemos esperando
Dias melhores para sempre
Dias melhores para sempre

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Indulgência



Desculpem leitores pela minha ausência, pois ocorreram fatos na qual não consegui atualizar tal caderno digital de pensamentos. Mas hoje estou aqui tentando mais uma vez. Vamos lá então:


Tomei esse dias corridos como uma forma de mostrar ao mundo o que realmente ele é. Superficial. Sério mesmo, o mundo no qual vivemos é totalmente errado aos nossos olhos. Porque sempre há alguém pra te mostrar uma coisa diferente, ambiente e pessoas. Digo isso pois estou vivendo minha fase Sr. Razão e isso me põe num papel muito delicado, pois tanto eu quanto ela vemos o mundo de formas diferentes, porém aceitável. Explicando melhor o fato vamos pro início do começo onde tudo deu partida:

"Não mesmo!" eu disse à ela, e esta ficou sem entender. Logo perguntou "Comofaz?"

Daí partimos pra uma busca do infinito particular, explodindo seu mundo e milhares de verdades em limitações diferentes. Este é o mundo no qual vivo -disse à ela- O mundo de possibilidades. Onde ,assim como já diz, tudo é possível e controlável. Basta você querer e entender como funciona. A maior parte de nossos medos, receios, anseios e dúvidas se dá por querermos entender um fato ou situação no qual não nos cabe. Queremos pensar como o outro vai agir, no que vai dar e tudo isso é errado. Nosso limite vai pra os nossos pensamentos e ações, somos os unicos no qual sabemos a verdade de nossas intenções e é esse o trunfo de tudo funcionar.
Se você entender este ponto e fazer com que suas idéias apenas circulem ao seu redor tudo vai se tornar simples, pode parecer meio louco de primeira, mas vou exemplificar:
A) Nunca torne as coisas precipitadas, aguarde o momento certo. Pode ser uma ligação que não aconteceu e você ficou esperando, pensando ainda os porquês que ele não ligou, deixando você triste ou furiosa. Depois descobre, dias depois, que o carinha fora assaltado indo pra sua casa.
B) Uma briga em casa, palavras voando soltas pra bater em quem revidar, e você não tendo culpa de nada, discute com quem começou implicando. Mesmo podendo, você, sair quieto dessa e ficar em silêncio e depois que a poeira baixasse perguntar o que aconteceu. Descobrir que seu pai perdeu o emprego e tudo ia se apertar explicava o fato e deixava você sem saber o que fazer.

Essas situações são pra mostrar que as reações dos outros podem ter bons motivos para acontecerem e nós não devemos continuar uma situação ruim se nós não quisermos, basta apenas observar nosso dia-a-dia. Conhecemos as pessoas felizes, tristes, que nos dão forças independente de tudo, aquelas que só falam conosco quando temos algo que as interessa e por aí vai. Nossas possibilidades de fazer o que queremos está aí, basta observar e entender. Podemos fazer/ter tudo, nos limites do nosso possível. Vamos criticar nós mesmos e deixar os outros pra lá, lembrando sempre que nós sabemos como acordamos, vivemos e dormimos. Sabemos quando temos medo e coragem, o que nos entristece e o que nos faz rir.

Conjeturar possibilidades de outrem é a forma mais errada de entender uma situação. Se em vez disso você fizer o seu, e der a devida importância no que realmente for importante e aceitar o fato que o limite do universo você é quem vive. Tudo pode se tornar aceitável, pois não se trata de sua opção, vida, tempo e espaço. Pense nisso.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Friday 13#

Como toda sexta-feira 13, aconteceram fatos extremamente interessantes. Nada como dar a um dia comum um tom misterioso. Após algumas imagem de corpos cadavéricos ou simples defuntos assassinados completamos nossa manhã de aula com uma discussão de como seria a aula prática no IML.
Claro que como todo jovem, estávamos ansiosos com a carnificina, pena que a @kikkaonassis não pôde ir, seus comentários fizeram muita falta. Eu já não apostava que iria, pois o trânsito de qualquer lugar aqui em MCZ estava um inferno. A hora de chegar no local da aula, fora exatamente a hora em que cheguei em casa. Comofaz?
Fácil resposta, agosto faz! Simplesmente me arrumei e desci para aula. Nesta que deu embrulho nos nervos e estômago algumas vezes. Pois na hora de fazer a perícia no corpus in vitae, tudo certo, mas na hora da necrópsia foi tenso. Nunca tinha arrancado um coração, já havia partido alguns, mas arrancado nunca!
Vimos casos administrativos, violência doméstica, e cérebros sem oxigenação.
Interessante a fisiologia humana tratada como peças de estudo, se eu não tivesse que trabalhar após a aula, tínhamos [Dudu e eu], ido ao rodízio de carnes comemorar.

E o prêmio vai para...

Você pode me dizer qual a tara de alguém que vê os outros como troféus? A graça da conquista é o difícil trabalho que um se dá, para fazer como que o outro caia na sua, mas depois que isso acontece chutar a pessoa não dá, né?!
Fala sério, não considero pessoas de boa índole esses heartbreakers. É costumeiro observar isso nos homens, já que as mulheres, geralmente, nos esperam e observam. Contudo também não posso deixar de comentar que conheço muitas mulheres que adoram brincar de "fazer gostar" pra depois abandonar os caras.
É como se eu fizesse uma aposta com alguém, ou consigo, para mostrar que sou capaz de ficar e/ou ter alguém. Aplica-se essa fórmula a pessoas de diferentes tipos, o que importa é o desafio. Mas eu pergunto, o conquistador(a) é feliz? Como eles encontram o sentimento de cumplicidade? Bom, vai ver eles não encontram.
Esse post é um desabafo de uma ação descarada que um amigo meu, fez em desfavor de uma moça, que não merecia passar por isso. No fundo ninguém merece, mas o que podemos fazer se no fim tentamos acreditar que somo diferentes, não é mesmo?
Se você puder ter a chance de conquistar alguém, ou se você gosta do jogo da sedução. Deixe claro que você gosta de flertar, ou então aproveite muito a conquista, não façam as pessoas desacreditarem no amor. Sua projeção de "o amor são para os tolos", não é aplicável se não para seu eu. Pensem nisso.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Um trecho do primeiro livro:


O cheiro de morte era tão forte naquele lugar que a acordara. A dor de seu corpo era tão grande quanto seu desespero. Sem entender ela gritava. Pensava em tudo, desde como ela tinha chegado ali até quem eram aquelas outras pessoas. Clara apenas via a silhueta dos corpos que habitavam aquele lugar e em desespero chorava. Passado algum tempo, Clara voltava a se acalmar, mas não conseguia ignorar sua dor, sentia-se como se algo tivesse a atropelado

-Tenho que sair daqui. Pensou ela.

Ela passou o olhar em tudo e infinitamente desejou não está ali. Aquele cheiro que vinha de outras galerias a deixava tonta, o podre vinha de todos os cantos, das paredes asquerosas, corpos putreficados e da sua própria roupa.

Tentando se erguer, sentiu sua perna doer e através das frestas de luz que vinha de cima daquele esgoto, viu sua roupa ensangüentada. Ela chorava.

- Faz muito tempo que não sinto isso. Sussurrou uma voz aguda no fim da galeria.

- Me ajude. Soluçava Clara.

Não sabia ao certo se era alguém que falara a pouco ou apenas coisa de sua cabeça.

-Um cheiro tão doce, nossa! Exclamou ele.

O sussurro tornava-se cada vez mais alto e deixava a jovem Clara muito mais nervosa.

-Por favor senhor, estou muito machucada, chame uma ambulância. Ela tentara ficar de pé enquanto suplicava ajuda.

-Isso é cheiro de Inocência. Extasiava-se.

A jovem já não acreditava nas palavras daquele que acreditara ser um mendigo. Já não pensava em nada a não ser fugir, mesmo com sua perna aparentemente quebrada, ela se esforçava ao máximo, manter-se viva.

Ouviu-se um barulho de tiros e tudo parou. O silêncio era ensurdecedor. A única coisa que quebrava aquele silêncio era a respiração dos dois seres daquele recinto e o pulsar do coração de Clara.

Clara ouvia seu coração bater e dava a ela mais desespero, a adrenalina pulsava em suas veias, e mais rápido seu coração ficava. Ela observava aquela sombra nas paredes, em forma de animal vindo sorrateiramente em sua direção. A cada passo que ele dava era um passo para morte.

Ela tomou forças e buscou uma saída. Começou a tentar subir a suja escada as suas costas, sua única alternativa. O rato gigante que a caçava passava por todos os outros corpos, ou só pedaço destes. Ele queria aproveitar aquele momento, pois adorava definhar suas vítimas. Clara subia com toda sua vida em jogo, pouco a pouco foi subindo e gritando de dor, ela sentia seu pé se estraçalhar.

-Não adianta. Ninguém pode escutar você aqui. Sorriu este que começava, na penumbra, a tomar forma de humano.

Meu livro.

Finalmente eu terminei de escrever meu livro, intitulado primordialmente de: As Crônicas de McAllisten.
Sei que as pessoas não estão aguardando minha publicação, muito menos ele vai se tornar um BestSeller, mas por algumas horas vocês meus amigos, poderão cair no mundo cheio de mistérios e humor nessa grande aventura. Uma sinopse do primeiro livro já que por enquanto só tenho histórias para 3, é a seguinte:

Uma jovem estagiária de um grande jornal, Clara, é chamada para cobrir um misterioso assassinato. Isso seria de fato muito simples de fazer, pensava ela, mas o único problema era que ninguém sabia sobre aquele crime. Não só nessa jornada para o impossível, Clara, junto a Luciana, sua amiga de infância, e Fernando seu quase-namorado, eles enfrentam situações deveras inusitadas e conhecem um mundo totalmente novo. O mundo real.

De início vocês podem pensar que é mais um romance/polical clichê, concordo. Mas apenas concordo se eu retirar da história, seres místicos como dríades, vampiros ou até mesmo bruxas. Com um toque de conspiração, levo Clara a conhecer o mundo real, onde habita todas e mais algumas criaturas que pensamos serem apenas fantasia, mas que convivem conosco o tempo todo. Seria o bastante todas essa confusão se não fosse o lado "REAL" dessa história.
Sim, meus caros, neste meio tempo vocês podem acompanhar Alyah, que assim como Clara, investida um assassinato, mas do lado Real a cigana adolescente mostra que nem tudo aquilo é realmente o que vemos.

Baseado em fatos [quase] reais, essa historia em tempo [quase] real, vai fazer você [quase] morrer de ansiedade para saber tudo o que se passar nos 2 momentos simultaneamente e, por vezes, entrelaçados como um só. Espero que gostem da narrativa e expressão textual.


Quem quiser um exemplar, é só me pedir! Ah, também tem trilha sonora viu.

sábado, 7 de agosto de 2010

Agosto, estou pronto!

Não mesmo! Desgosto só se for para os outros, pois a sorte me chamou a atenção!
Não sei explicar bem o porque, mas dizem que Agosto é o mês do paraíso astral para os virginianos. Se for ou não verdade, está valendo como se fosse. Sempre que chega Março (mês onde minha vida vira de ponta-a-cabeça, lógico que para pior), é difícil se segurar até Agosto.
Agosto passado ficou na memória de muitas pessoas, por altos e baixos que passamos juntos. Foi o mês em que a turma da ofuscação estava unida como uma corrente de titâneo. Sempre estávamos juntos ou coligados. Também foi conhecido como mês do sequestro, lembram?
Pois é, lembro que era só falar uma coisa que tudo acontecia. Sempre no QG da turma, o famoso centro acadêmico, bolávamos todas as maneiras de ter um dia comum, mas isso era totalmente o que não acontecia. Lembro certa vez que cheguei comentando que queria comer cocada, isso umas 7 e meia da manhã. Sabe essas vontades de comer coisas gostosas que vem do nada? Eu tenho isso muito freqüentemente.
Queria comer cocada de leite condensado, conclusão da história: Eram umas 3 da tarde, voltando da barra nova, a galera toda parou pra comprarmos cocadas. Coco, leite condensado, maracujá, tinha de tudo que era tipo e depois de banho de rio, mas, almoço na praia, uma cocada caía muito bem.
Outro dia, uma segunda* em verdade. Lembro que eu queria comer carne, conclusão: Eram 9 da noite, estávamos voltando do Francês. Triloucos, depois de muita cachaça, sol, churrascão e muitas histórias e joguinhos sensuais.

*Segundas-ferias no mês de Agosto, são dias especiais onde tudo pode acontecer. Quando digo tudo, leia-se TUDO MESMO! Não importa com quem, onde e como aconteceu. Você apenas guarda tudo aquilo para si e para sempre. É um paradoxo temporal que se abre trilhares (sim essa palavra existe) de possibilidades.

Ainda tem a euforia e excitação na qual eu fico tenso o mês todo. Parece que tenho energia pra cortar o planeta no meio como Sayajin lvl 4. Fico tagarela, brigão, caçador e sempre com dinheiro. Incrivelmente quanto mais gasto, mais tenho, não sei explicar mas juro que não sou mais garoto de programa. [Risos]
Agosto, mês do caos alheio, fico em chamas só de pensar. Sarcástico e intrigante percorro os dias deste mês incrível. Todos que aderem ao movimento "Agosto, estou pronto!" é bem vindo. Qualquer coisa o Fireman está em chamas por aí. Até a próxima meus amigos.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Pitty sob a garoa


Finalmente começou o show, e que ele toda a energia da multidão explodiu. Lembro que eu cantava sem parar, pulava com meus amigos e o mar de gente crescia mais e mais. Pitty fizera uma retribuição aos fãs que a acompanham tocando desde Admirável Chip Novo até Medo.
Perdi apenas umas música tentando comprar refri, e logo após estava entrando em crise. Explicando:
Como eu estava cantando muito e pulando em demasia, acabei ficando meio rouco e precisava
urgentemente de algo para beber. Daí fui atrás de minha velha Coca, ou similares. O único local próximo
que meus olhos enxergavam naquele mar de gente, era na rua Maceió. Marquei estratégicamente onde
estávamos e fui costurando o caminho até o quiosque. Não bastando a ida tortuosa e as velhas cantandas
pelos espectadores naquela rua, voltei para o meio do povo costurando o caminho novamente. O que eu não
esperava era quase ter uma crise naquele lugar.

Para aqueles que não sabem ou pra aqueles que também sabem, sofro de um distúrbio chamado
Agorafobia. Depois de anos de terapia consegui meio que superar e há anos não tinha crise, mas já explicando:

Quando eu cheguei onde eu achava que era o local que deixara minutos atrás, olhei pra um lado e não vi
ninguém conhecido, olhei pro outro e nada. Comecei a dar um 180 vislumbrando pessoas estranhas ao meu círculo,
até que comecei a sentir aquela dor no peito, já tava com o coração saindo pela boca e todo vermelho.
Percorria a minha volta com a esperança de ver meus companheiros de show, mas não tive êxito. O carinha do lado
pra facilitar as coisas chegou pra mim e perguntou "Você está bem?", parece que aí era o fim, minha visão começou
a escurecer, meu ar começou a faltar, e a música que explodia meus tímpanos, agora era um sussurro ao fundo,
dando passos para trás comecei a ser engolido pela massa. Até que meio tonto pensei em ter visto o boné do meu amigo
logo alí, há alguns passos do lado. Corri para aquela miragem, e logo ao lado deles comecei a voltar ao normal.
Eles não perceberam, mas eu fiquei um bom tempo paradão, tentando voltar ao normal.

O repertório da Pitty trouxe momentos memoráveis, pois tocou:
-Memórias
-A máscara
-8 ou 80
-Equalize
- Pulsos
-Desconstruindo Amélia
-Na sua estante
-Fracasso
-Admirável chip novo
-Brinquedo torto
-Anacrônico
-Medo
-Me adora

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Overparty



O que eu poderia fazer? Não ia abusar da sorte não é mesmo? Disse que iria de qualquer forma, e você não acreditou. Bom resumindo a situação, não esperava que fosse tão maneiro.
Minha jornada começou logo cedo, após cansativas tarefas no meu trabalho voluntário e revolta pela desorganização e horas perdidas por detalhes técnicos no mesmo, cheguei em casa com minha companheira de trabalho, agradecido pela carona.
Rapidamente me arrumei, ainda fui na igreja visitar uma amiga, fui na casa da outra dar parabéns a mãe dela e enfim por fim fui pra Overparty. Chegando lá, de cara me senti fora do ninho, tinha muita gente na porta e, em grupos, entravam pouco a pouco.
Dentro do Regente e na frente do big espelho coloquei minha máscara e senti as chamas do meu interior tomarem conta. Fireman queimava. Logo percorri o ambiente cheio de crias. O cheiro deles eram de roupa nova. Tocou The Phanton of the Opera, fiquei estático, corri logo pro bar e comprei minhas fichas.
Dancei, dancei, dancei... Bebi, bebi, bebi... Essas eram minhas opções no meio da garotada. Parecia uma micareta, os pivetões ficavam esperando a trilha de meninas passarem e agarravam a ultima, beijava e deixavam ir. Porra! Espírito de show de pagode numa mini rave é foda. NÃO ACEITO!
Rodei bastante, fui, voltei, subi, desci. Corria os olhos atrás de pessoas conhecidas. Elas me encontravam fácil, tinha uma seta ginorme na minha cabeça. "EU TE CONHEÇO!" gritavam e apontavam quando me viam e após umas frases de atualização sempre seguiam dizendo "O FIREMAN VOLTOU? ESTOU CORRENDO PARA AS COLINAS!"
Eu ria bastante com meus antigos conhecidos, eles que me acompanharam em festas, clubes, raves e viagens, estavam lá para me fazer acreditar que era tudo verdade. Fiquei o tempo todo sozinho, azarando aqui e alí. Era perceptível que todos alí estão dispostos a alguma coisa, o que não faltava era gente se pegando, casais héteros, homos, bi... enfim, pra quem queria beijar muito, tinha pra todos os gostos.
Me senti um verdadeiro caçador, por sorte tive belas presas. [risos] As músicas tocadas, todas foram muito rox. A ambientação das máscaras, o lugar meio sombrio (propício pra pegação), as músicas e os vídeos passando... Tudo fora incrivelmente perfeito.
Arrumei uma parceira de dança, lembro vagamente do nome, mas lembro que ela tinha a minha idade e dançava incrivelmente bem. Ela me acompanhou da metade da minha noite até uns segundos antes do fim. Era massa, nós dois rodamos o dancefloor inteiro. Atravessamos os twitters de plantão e atrapalhamos algumas rodas de amigos, me desculpem, mas vocês não estavam instigados como nós. Resultado de tudo isso fora calos nos pés e pernas massacradas.
Sempre mascarado, e muito enérgico, passei o meu início de Agosto como sempre quis passar meus dias felizes, numa pista de dança, cultuando a vibe de poder sentir a música.
Ah! E quem ficou com o botão da minha bermuda, favor devolver! [risos]

Apenas o céu

Foto por @sanamaru O amargo remédio se espreme goela abaixo, a saliva seca e o gosto de rancor perdura por horas. Em vez de fazer dormir ele...